O que você faria se tivesse uma deformidade facial? O que você faria se todas as pessoas ficassem olhando para você? O que você faria se fosse extraordinário?
O livro Extraordinário (Ed. Intrínseca, 320 pgs., R$ 24,90), de R. J. Palacio, fala sobre isso. A obra narra a comovente história de August (Auggie) Pullman, um garoto que nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é uma grave deformidade facial. Por esse motivo, ele nunca havia frequentado uma escola, algo que irá fazer agora.
Todos nós sabemos o quanto é difícil iniciar um ano em uma nova escola, sem nenhum amigo por perto e ainda mais quando todos ficam olhando para você como se fosse uma aberração. August ganha o desafio (e a chance) de mostrar para todas as pessoas de sua nova escola que é simplesmente um garoto comum, que faz coisas comuns.
“Sei que não sou um garoto de dez anos comum. Quer dizer, é claro que faço coisas comuns. Tomo sorvete. Ando de bicicleta. Jogo bola. Tenho um Xbox. Essas coisas me fazem ser comum. Por dentro. Mas sei que as crianças comuns não fazem outras crianças comuns saírem correndo e gritando do parquinho. Sei que os outros não ficam encarando as crianças comuns aonde quer que elas vão.”
O livro é narrado em partes. Em cada uma, há um narrador diferente (o que enriquece a história). O trecho acima é narrado pelo próprio August, mas também temos os pontos de vista de sua irmã Via, de seus amigos Summer e Jack Will, de Justin (namorado de Via) e de Miranda, melhor amiga de sua irmã.
Extraordinário é extraordinariamente extraordinário.