Ainda dá para pegar nos cinemas o drama de ficção científica Gravidade, de Alfonso Cuarón, um dos filmes mais bem-sucedidos dos últimos tempos (já é o décimo filme mais visto no mundo em 2013 e o 27º filme mais bem avaliado da história no Metacritic). A história espacial do diretor mexicano é simples, tensa e emocionante – regras elementares de bons dramas.
Após ser enviada ao espaço para reparar danos em um telescópio, a doutora Ryan Stone (Sandra Bullock) enfrenta uma chuva de destroços causada pelo choque de um satélite com um míssil russo. Ela e o astronauta veterano Matt Kowalski (George Clooney) perdem contato com a NASA, precisando lutar sozinhos para conseguir voltar para a Terra.
Ao mesmo tempo em que tentam sobreviver, Ryan e Matt começam a conversar, criando um laço muito forte, graças à seriedade da situação. Quando Kowalski se solta de Ryan ao perceber que só está a atrasando, a personagem de Bullock precisa decidir se ainda há algo pelo qual valha pena viver, ou se deve apenas desistir da vida. Com direito a alucinações da protagonista e muitas explosões espaciais, o final emociona.
Dificuldades no espaço: “por que não consigo passar dessa fase de Tetris?!”
O filme tem ótimos efeitos visuais – com a cena do pôr do sol vista do espaço sideral, logo no começo do filme – e já pode ser considerado um clássico dentro do gênero sci-fi. Em um dos seus melhores personagens, Sandra Bullock certamente é uma forte aposta para o Oscar do ano que vem. Tal como Alfonso Cuarón, responsável não só pela direção, mas também pelo roteiro do filme (feito em parceria com seu filho, Jonás). Os prêmios serão só a cereja do bolo: basta assistir Gravidade para entender que o filme merece todos os elogios que vem recebendo nos últimos anos.