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Dr. Hannibal checa a despensa: “odeio quando só sobra osso…”
O seriado Hannibal estreou no dia 16/4 no canal pago AXN. Abrigando todas as características de um excelente drama policial, o programa vai preencher o vazio de séries sobre serial killers que Dexter vai deixar.
Baseada nos livros de Thomas Harris, a série acompanha a vida do professor e ex-detetive Will Grahan (Hugh Dancy), um jovem que ajuda o FBI a traçar perfis. Ele conta com a consultoria do psiquiatra Hannibal Lecter (Mads Mikkelsen), que age como uma espécie de mentor para ele. A premissa traz a união de duas personalidades excêntricas: Will possui um dom peculiar e o Dr. Lecter é um profissional exímio e misterioso – além de um serial killer canibal.
Um dos atrativos da série é a habilidade de Will, sua empatia com serial killers. Logo no começo do piloto, isso nos é transmitido, quando ele recria com meticulosidade os passos do assassino na cena do crime. Em uma espécie de transe, Will sintetiza os pensamentos, intenções e estilo do assassino, o que acaba gerando curiosidade para entender sua lógica.
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O Dr. Lecter é introduzido quando Crawford (Lawrence Fishburne), chefe da investigação de oito garotas mortas, pede sua ajuda. O ator Mads Mikkelsen consegue cumprir a missão de criar um Hannibal autêntico, usando seus próprios trejeitos para instigar. A interação entre Lecter e Will é feita principalmente na forma de metáforas, e é possível perceber o exotismo na relação. Quando, na verdade, os dois são parecidos em vários aspectos.
A série não poupa na extravagância ao mostrar cenários sangrentos, com corpos violentados e órgãos expostos. Há também um trabalho arrojado na direção de imagem, na oposição de cores e no fato de a série apresentar cores frias nos delírios de Will para auxiliar na sintetização de seu medo. A trilha sonora também contribui para estimular a imaginação, e o elenco de atores competentes conquista naturalmente.
Seu único erro talvez seja focar no padrão de série procedural, como CSI, com a resolução de alguns casos por episódio. Tirando isso, Hannibal tem tudo para se tornar uma série de sucesso de público e crítica. Basta saber explorar seus trunfos: o icônico Hannibal Lecter e os dons de Will.
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