O que é liberdade para você? O que você faria para salvar a vida de uma garota? Não quero contar o que acontece em Pequena Abelha (Ed. Intrínseca, 272 pgs., R$ 29,90), segundo livro do autor britânico Chris Cleave, para não estragar as surpresas, mas direi o que realmente você precisa saber antes de lê-lo.
O livro traz as histórias de duas mulheres: Sarah, uma inglesa que é a editora-chefe de uma revista, e Pequena Abelha, uma garota nigeriana que, em todos os lugares aonde vai, pensa em maneiras de se matar. Elas se encontram pela primeira vez numa praia da Nigéria, e não é um encontro qualquer: é um que elas nunca irão esquecer. Dois anos depois, elas se reencontram, desta vez na Inglaterra, onde Pequena Abelha fica presa no centro de detenção de imigrantes.
Uma citação que exemplifica como funciona a mente de Abelha: “Às vezes eu penso que gostaria de ser uma libra esterlina em vez de uma menina africana. Todo mundo ficaria satisfeito ao me ver. Talvez eu fosse á sua casa no fim de semana e então, de repente, como sou muito inconstante, eu iria visitar o homem da loja da esquina – mas você não ficaria triste, porque estaria comendo um pãozinho doce com canela ou tomando uma lata de Coca-Cola gelada, e nunca mais pensaria em mim. Seríamos felizes, como amantes que se encontram num feriado e depois esquecem o nome um do outro. ”
O livro prende o leitor de uma maneira fantástica e chama a atenção com incríveis reflexões sobre liberdade. Também é uma obra que fará você se emocionar com o desenvolver da história. Aconselho que tenha um lenço perto de você enquanto lê.
Chris Cleave escreve este livro de maneira incrivelmente sensível e com uma perfeição que me deixou de queixo caído. Será adaptado para o cinema, estrelado e produzido por Nicole Kidman.
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