O Silo é uma construção enorme com mais de 140 andares em direção ao subsolo. O ar fora dele é tóxico e cada nascimento deve ser precedido por uma morte. Quem ousar sonhar ou ter esperanças sofre a maior das punições: ser enviado à limpeza. A limpeza nada mais é do que ser obrigado a sair (sem o direito de voltar, pois as toxinas presentes no ar são fatais) e limpar as câmeras que enviam imagens do exterior para o lado de dentro.
Esse é o mundo de Silo (Editora Intrínseca, 512 págs., R$ 39,90), escrito pelo americano Hugh Howey. O livro começa com o xerife Holston como protagonista. Sua esposa Allison pediu para sair do Silo alguns anos antes e foi enviada para a limpeza. O tempo passa e o xerife fica cada vez mais amargurado. Depois de alguns anos, Hugh toma a decisão de sair para, quem sabe, compreender o desejo de sua mulher de estar do “outro lado”.
A próxima xerife (e personagem principal) é Juliette Nichols, uma mecânica muito correta e de personalidade marcante. Depois de pouquíssimo tempo no cargo, Juliette resolve sair do Silo também. Mas, dessa vez, algo estranho acontece. Juliette sai do Silo, mas não morre.
Hugh Howey não dá descanso aos leitores dessa obra em nenhum instante. Reviravoltas, mistérios e traições são apenas alguns dos elementos presentes na genial trama. A narrativa é fluida e envolve o leitor do início ao fim. Recomendo este livro para todos que curtem o gênero. Aliás, até mesmo quem não curte deveria dar uma chance!