Já está nos cinemas de todo o Brasil o filme Vingadores: Era de Ultron, nova aventura cinematográfica dos maiores heróis da Marvel. O longa traz como vilão o robô inteligente Ultron (saiba tudo sobre ele) e apresenta novos personagens, como Visão, Feiticeira Escarlate e Mercúrio. É o penúltimo filme da segunda fase do universo cinematográfico Marvel, que se encerra com o Homem-Formiga, previsto para estrear em julho.
Pode ficar tranquilo, esta resenha não tem spoilers!
Para não revelar muito da trama, basta dizer que o filme traz Ultron, uma inteligência artificial criada por Tony Stark, rebelando-se e iniciando um estratagema para erradicar a humanidade do planeta. Ele monta um exército de robôs malignos e os Vingadores, é claro, precisam intervir.
Sem dúvidas, o filme não peca em te manter entretido do começo ao fim e, no melhor estilo Marvel, intercala muito humor e ação. A cena do martelo do Thor (mostrada no teaser) é uma das mais hilárias entre todos os filmes do estúdio. A origem de Ultron é adaptada das HQs de forma bastante fidedigna, principalmente ao abordar (mesmo que de maneira indireta) a confiança real que temos nas máquinas.
O vilão é o melhor que tivemos até agora. Seu modo único de ver o mundo e os Vingadores (ele acredita que os heróis não deixam a humanidade evoluir), junto com a brilhante atuação de James Spader, criam um antagonista complexo e, ao mesmo tempo, aterrorizante. Além disso, ele surpreende por ser mais sarcástico do que sombrio, fazendo dele um vilão pouco previsível.
Os gêmeos Pietro e Wanda Maximoff possuem um papel de destaque na trama. Eles tiveram suas origens alteradas e são chamados de “aprimorados”, já que os direitos cinematográficos dos mutantes pertencem à Fox. Ambos começam do lado de Ultron, mas possuem mudanças de rumo. O relacionamento entre os dois é um dos temas principais do filme, assim como a relação criador/criatura entre Stark e Ultron. E vale dizer que o Visão – grande surpresa do longa – se mostrou um dos melhores personagens da trama.
Um ponto positivo é que o filme explora o lado mais “humano” dos personagens, aprofundando-se nos que ficaram mais apagados no primeiro, como a Viúva Negra e o Gavião Arqueiro. Por outro lado, o novato Mercúrio acaba ficando meio de lado. A atuação de Aaron Jonhson está excelente e é uma pena que o personagem tenha perdido foco para que houvesse mais espaço para Wanda (que está ótima também). Porém, dá para notar que tanto Mercúrio quanto Feiticeira não foram explorados tão a fundo quanto poderiam. Isso pode mudar em breve, já que a Feiticeira Escarlate foi confirmada em Capitão América: Guerra Civil.
Se existe um grande defeito, talvez seja a falta de ritmo. Algumas cenas se estendem além do necessário. A parte final do filme perde tempo demais com as milhares de cópias de Ultron e beira a superficialidade.
No mais, o filme traz ação frenética intercalada com boas doses de humor e faz jus ao que prometeu: continuar de forma quase impecável a história da Marvel nos cinemas.