O livro Wild Cards: O Começo de Tudo (Ed. Leya, 480 pgs., R$ 44,90) é o primeiro volume da saga Wild Cards, editada por George R. R. Martin, o mesmo autor de As Crônicas de Gelo e Fogo. Trata-se de uma antologia, ou seja, uma compilação de textos de diferentes autores com histórias situadas no mesmo universo. A coleção possui no total 21 volumes já publicados (com mais um programado para este ano nos EUA) e é escrita por vários nomes renomados da literatura ficcional.
A trama se passa logo após a 2° Guerra Mundial, quando um ataque alienígena espalha o vírus “wild cards” por todo o planeta. Muitas pessoas morrem, enquanto outras ganham poderes físicos ou mentais (os Ases) e ainda outras sofrem mutações que as transformam em criaturas horrendas (os Curingas).
Os sobreviventes irão lutar por seus objetivos e usar de seus poderes para fazer o bem ou o mal. Mas o que eles precisam saber é que o wild cards pode alterar não só suas habilidades, mas também suas decisões, pensamentos, vidas e o próprio curso da história da humanidade!
A história é criativa e muito bem elaborada, mas sua organização não é muito vantajosa: como a obra é dividida em vários pontos de vista, algumas partes são repetitivas e muito cansativas para o leitor. Além disso, por tratar-se de um livro escrito por autores diferentes (mais de dez), existem alguns erros de continuidade e os capítulos são muito longos, o que causa certo tédio e confusão.
A trama se desenvolve de forma lenta e cansativa: certos capítulos, como O Dorminhoco, são surpreendentes e emocionantes. Já outros, como Testemunha, possuem enredos maçantes e quase insuportáveis. Mas, mesmo contando com todos esses pontos negativos, Wild Cards possui um enredo forte que deve ser bem aproveitado nas sequências.
Uma boa pedida para quem curte guerras, super-heróis e um pouco de politicagem.
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