Quando recebi o livro Infinity Drake: Os Filhos da Scarlatti (Ed. Irado, 475 pgs., R$ 39,90), admito que fiquei com um pé atrás. A sinopse informa muito pouco sobre a trama e sobre os personagens, fazendo com que o leitor perca o interesse na obra. Mas, resolvi dar uma chance e acabei me surpreendendo. Quando comecei a ler, percebi que a história é envolvente, misturando ficção científica com aventura, mistério, ação e muito bom humor.
O personagem principal é Infinity (mais conhecido como Finn), um menino órfão que mora com sua avó e leva uma vida um tanto quanto monótona. Mas, essa rotina muda quando a avó de Finn embarca em um cruzeiro de tricô. O menino fica animado de ficar sozinho com o seu tio Al, um cientista que acredita que cada momento é uma oportunidade de entretenimento e descoberta.
Em um determinado momento, tio Al é convocado para uma reunião com o intuito de discutir a ameaça da Scarlatti – uma vespa geneticamente modificada que foi solta em Londres. A espécie tem a habilidade de se reproduzir muito rápido e pode exterminar a raça humana em pouco tempo.
Para deter a ameaça, os cientistas decidem encolher um helicóptero e alguns soldados, que precisam encontrar o ninho da vespa e destruí-lo. Acidentalmente, Finn é encolhido junto a equipe e é incluído na missão.
O autor, John McNally, faz questão de introduzir a ciência na história e isso deixa o livro ainda mais interessante, com notas de rodapé divertidas e muto úteis. Você acompanha o desenvolvimento da Scarlatti, tendo uma visão mais aberta sobre o lado científico da trama.
Os personagens também são bem explorados. É impossível não reparar nas semelhanças entre Finn e o nosso tão querido bruxinho, Harry Potter. O mundo criado por McNally é inovador em meio aos recentes livros direcionados ao público infanto-juvenil. A construção da trama, dos personagens e do enredo em geral é praticamente impecável, mas o real motivo pelo qual Infinity Drake se destaca, é o humor. Tanto o livro, quanto as risadas, valem muitíssimo a pena.