No começo desse ano, muita gente se emocionou com o lançamento do trailer de Como Eu Era Antes de Você, que estreia em junho. O filme representa a primeira adaptação cinematográfica da autora britânica Jojo Moyes. Para aproveitar este momento, a editora Intrínseca relançou um dos clássicos da escritora: Baía da Esperança (Intrínseca, 304 págs., R$ 23,90).
Num primeiro olhar, a sinopse do livro parece um romance clichê estilo Nicholas Sparks – ainda mais por se tratar de uma história repleta de segredos e de personagens cheias de angústia. Entretanto, a partir do momento em que você começa a compreender as reviravoltas e descobrir o que o livro esconde, fica impossível parar de ler.
Liza McCullen fugiu da Inglaterra para a Austrália para se esconder com sua filha, Hannah. Ninguém entende muito bem o que aconteceu com ela, mas todos respeitam sua postura fria e melancólica. Sua única alegria é o mar – para onde vai todos os dias visitar as baleias e golfinhos. As duas moram no decadente hotel de sua tia, Kathleen, uma personalidade conhecida na pequena cidade de Silver Bay.
Já Michael Doomer é um empresário bem sucedido prestes a se casar com a mulher dos seus sonhos. Em uma viagem a negócios, ele vai parar no Hotel Baía da Esperança por coincidência, mas acaba mudando a vida de todos que passam por lá. Principalmente a sua.
O livro é narrado em primeira pessoa, mas cada capítulo mostra o ponto de vista de uma personagem diferente. Isso faz com que a leitura seja mais dinâmica – o que não vai ser problema a partir do momento em que você mergulhar na história. Mas isso também aumenta a curiosidade, já que traz uma visão mais ampla dos acontecimentos sem necessariamente revelar os segredos que os envolvem.
Apesar de se tratar de um romance, Baía da Esperança é muito envolvente e os personagens cativam de uma forma inexplicável. Mas cabe a você julgar os atos e escolhas de cada um. Não pense que tudo que você verá aqui é o que você já está cansado de ver.
Sem spoilers, aconselho apenas que você dê uma chance a essa história. Não vejo como pode se arrepender.