O mundo está recheado de babacas. Do troll ao passivo-agressivo, encontraremos muitos em nossas vidas. A dura realidade é que, na maioria dos casos, nós mesmos somos os babacas. Precisa superar a babaquice? Como Não Ser um Babaca (Ed. Intrínseca, R$ 15, 191 págs.) ensina. Curtinho, ilustrado e didático, o livro é bom pra ler no ônibus. Mas em pé, claro. Você não é o tipo de babaca que não cede o lugar a um idoso.
Ao abrir o livro, o leitor de cara já assina um “termo de compromisso de como não ser babaca” para, logo em seguida, conferir o índice recheado de situações suscetíveis à babaquice. Na escola, no trabalho, na festa, na internet e onde quer que você imagine. O mundo é um antro de babacas.
A escritora Meghan Doherty é designer por formação, o que garante a qualidade das ilustrações. Quase todas as situações contêm o casal da capa contextualizando o que está escrito, sempre com muita classe, num estilo anos 60 formidável.
As dicas são amplas e é definitivamente o que vende o subtítulo: um “guia de etiqueta para o cotidiano”. Parece fácil ser educado, não é mesmo? Mas o estresse e a impulsividade estão aí pra mostrar que não. Ser educado está cada vez mais difícil e nada melhor que uma leitura relaxante e agradável para alcançar o nirvana da boa etiqueta de convivência.
Eu me julgo um babaca de carteirinha e não me orgulho disso. Estou em fase de reabilitação. Em meio às recaídas, achei o tutor perfeito. Ao adquirir o livro, o apoio dos amigos é enorme e, dentre os comentários mais comuns, estão “já aprendeu muita coisa?” ou “é a sua cara!”.
Atenção você que xinga o amiguinho na internet, que cola incessantemente na escola, que bajula o chefe no escritório, que só conversa com a mãe pra pedir alguma coisa e, finalmente, que diz “eu não sou babaca!” – acredite: você é. O primeiro passo para deixar de ser é pedir ajuda. Por que não com um livro superfofo? Quanto mais pessoas legais no mundo, menos a babaquice será aplaudida. Por um mundo melhor, aprenda como não ser um babaca.