Com o fracasso dos últimos dois filmes dos Smurfs, a Sony precisava muito de um longa que colocasse a franquia de volta nos trilhos. O filme que estreia hoje, Smurfs e a Vila Perdida, talvez seja esse projeto. Com uma trama antenada em temas atuais, como o feminismo, o longa de Kelly Asbury (de Shrek 2) consegue divertir o suficiente.
O enredo do filme gira em torno da protagonista Smurfette, que questiona seu papel na vila dos Smurfs, pois está num lugar onde todos possuem uma característica forte e uma função com o seu nome, menos ela. É então que, junto a Gênio, Desastrado e Robusto, ela resolve partir em uma aventura na Floresta Proibida para achar a Vila Perdida, lugar que está em perigo por ser alvo do mago Gargamel. Além de querer salvar a vila, Smurfette também deseja achar outras Smurfs femininas como ela e, assim, descobrir a sua função.
Em termos de técnica, o filme possui uma animação maravilhosa, respeitando o estilo original do quadrinhista Poye e expandindo o mundo mágico dos Smurfs com visuais incríveis e cenários impecáveis. Já a trama diverte bastante ao trazer piadas bem feitas e engraçadas (nenhuma de peido!!), em sua grande maioria feitas pelo Gargamel. Além disso, há referências nostálgicas para emocionar os mais velhos.
Porém, mesmo o filme sendo divertido, o enredo é raso e não se aprofunda muito em seus personagens, sendo clichê em vários momentos. Os personagens são divertidos e cativantes e sua jornada é bem simples e sólida – só não vá esperando altas reviravoltas ou algo do gênero. O filme se encerra com uma mensagem poderosa para as crianças, principalmente as meninas.