Foi ao ar no último domingo o Billboard Music Awards, umas das premiações de maior importância do universo musical. A grande vencedora foi Taylor Swift, com nada menos que 8 troféus, levando inclusive o maior prêmio da noite, o Top Artist. O evento durou três horas e teve shows de Imagine Dragons, Mariah Carey e outros.
A premiação começou com o lançamento do clipe de “Bad Blood”, de Taylor Swift. Uma superprodução do diretor Joseph Khan em parceria com a própria cantora, o vídeo é muito bem produzido, apesar do roteiro fraco. De maneira alguma é um clipe ruim, só que poderia ter sido mais elaborado e tirado um proveito maior dos 17 artistas que participaram, entre eles: Selena Gomez, Cara Delevingne, Jessica Alba, Serayah e Lily Aldridge. O grande problema do clipe é a sua duração. Tem gente demais para tempo de menos. O ideal agora é que exista uma versão estendida, na qual cada artista tenha um tempo maior de tela.
Entre os shows da noite, destacaram-se Nicki Minaj, que dançou muito ao longo das duas músicas apresentadas, Imagine Dragons, que cantou lindamente “Stand By Me” em tributo ao recém-falecido Ben E. King, e Wiz Khalifa com Charlie Puth e Lindsey Starling, que foram os responsáveis por tirar lágrimas da plateia com “See You Again”, tributo a Paul Walker.
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Kelly Clarkson soltou seu vozeirão e cantou “Invincible”, seu novo single, enquanto Ed Sheeran mandou “Bloodstream” e Mariah Carey fez um medley desde o seu primeiro hit até o mais recente, “Vision Of Love/Infinity”. Meghan Trainor resolveu se diferenciar e não cantou nenhum dos seus hits. Em vez disso, convidou John Legend para cantar a colaboração dos dois, “Like I’m Gonna Lose You”. Nick Jonas cantou “Jealous”, numa performance bem visual, e Van Halen apresentou “Panama Performance”.
Já faz uns anos, porém, que todas as premiações vêm ficando desanimadoras porque a expectativa de quem vai ganhar os prêmios não existe mais. O favoritismo sempre existiu, isso é fato, mas, de alguns anos para cá, ele tem piorado. É bem impressionante quando alguém ganha todos os prêmios da noite, mas, por outro lado, é por isso mesmo que as premiações vêm ficando cansativas. Sempre sabemos quem vai ganhar.
Taylor Swift, pelo menos, se esforça. Grande vencedora, ela trouxe momentos superengraçados para a premiação. Como sempre, Taylor não se envergonha e se anima em todas as apresentações. Bate palma, grita, levanta, dança como se não se importasse com o que vão falar. Talvez seja daí que a cantora venha conseguindo tantos e tantos fãs. Ela é quem é, faz boa música e merece todo o destaque que ganhou.
E as partes chatas? Os micos? Teve algum? Olha, ninguém escorregou ou esqueceu a fala, nem nada do tipo. Mas tiveram alguns momentos micosos, de tão feios que foram. Exemplo disso é a performance final da noite, que ficou por conta do rapper Kanye West. O cantor fez uma apresentação confusa, exagerada, espalhafatosa, chamativa demais e que nem nos permitia enxergar o próprio.
No início da apresentação, a reação da plateia foi unânime: cara de “quando isso acaba?”. Para piorar, a transmissão foi cortada durante longos momentos (provavelmente por conta da letra das músicas “All Day” e “Black Skinhead”) e tudo ficou ainda mais feio. Hozier também pagou mico com sua mesmice: cantou seu single “Take Me To Church”, mas não fez questão de inovar em nada. Não que a música não seja bacana, pelo contrário, é muito boa, porém tá na hora de virar o disco e dar visibilidade a outras músicas. Teve também Britney Spears com Iggy Azalea apresentando “Pretty Girls”, um show bem decepcionante: o playback rolou solto e a performance nem ao vivo foi. Pelo menos foi bonita visualmente.
No geral, o Billboard Music Awards 2015 foi uma premiação com grandes momentos, porém, de vários prêmios, somente alguns tiveram o fator surpresa. Se isso não mudar logo, as premiações vão perder quase toda sua visibilidade, coisa que os fãs de música não querem de jeito nenhum.
Confira a lista completa de ganhadores.