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#TdFEntrevista – Marcelo Duarte, autor do Guia dos Curiosos (parte 2)

Por turma-do-fundao
Atualizado em 20 ago 2024, 09h25 - Publicado em 10 out 2012, 14h45

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A Mundo Estranho dá sequência à entrevista com o jornalista Marcelo Duarte, autor da série de livros O Guia dos Curiosos. Leia a parte 1.

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Imagem: divulgação (Panda Books)

ME: Já aconteceu de você tirar alguma curiosidade do livro por poder ser considerada politicamente incorreta, ou para evitar algum tipo de polêmica?

MD: Não, porque o Guia dos Curiosos é mais voltado para o público infanto-juvenil, de 10 a 16 anos, então nunca teve esse tipo de preocupação. Mas eu estava escrevendo O Guia dos Curiosos – Sexo, voltado para o público adolescente, e a editora na época, Cia. Das Letras, achou melhor não, porque ficaria muito forte para a marca. Eu falava que não, que, se a gente misturasse informação com curiosidade, poderia fazer uma prestação de serviços muito legal. E aí eu acho que tive uma sacada muito boa de convidar o Jairo Bouer para escrever junto comigo. A bagagem dele de falar com jovens e adolescentes iria aumentar o nível de curiosidade. A Cia. Das Letras tinha muita preocupação de como o livro ia ser aceito, porque O Guia dos Curiosos é uma coleção que meninos e meninas tinham. Mas ele era tão enriquecedor, tão preocupado com essa questão de passar conhecimento, que, a gente nunca recebeu uma carta reclamando.

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ME: Em setembro de 1999, você criou a Panda Books. De onde veio a ideia de criar uma nova editora, e por que você escolheu esse nome para ela?

MD: Bom, eu vou começar pela segunda e depois te digo a primeira. Pensar em um nome para uma editora não é uma coisa simples, e eu estava pensando não só no nome, mas no logo da editora, e aí eu pensei em usar um nome de bicho. Peguei um daqueles atlas da fauna e comecei a olhar nome de bicho. Quando chegou no panda, eu vi que “panda”, em outras línguas, se escreve assim também. Então era uma maneira de normalizar. No começo, eu não tinha a ideia de uma editora. Eu estava sempre com ideias de títulos novos e, na época, a Cia. das Letras não se interessou por outros projetos além do Guia dos Curiosos. Aí eu falei: “Ah, vou criar minha editora” e, meio que em um ato de loucura, fiz isso. A editora agora tem 13 anos e mais de 300 livros em catálogo, então dá para dizer que deu certo.

ME: Qual dos seus livros você mais gostou de escrever, e qual deles foi o mais trabalhoso?

MD: Para as duas coisas eu diria que foi o primeiro livro. Foi o mais trabalhoso porque era muito complicado, tinha muita dor de cabeça, eu ficava procurando fórmulas de como fazer um almanaque. Eu tinha alguns em casa, mas queria fazer um produto novo, e chega uma hora em que você se cansa de tudo isso e cria algo que é assustador, que não vai dar certo. Mas foi o mais gostoso também pelo retorno que me deu. Como era o primeiro, eu não sabia quantas pessoas se interessariam por uma ideia minha, então me surpreendeu ter ficado 44 semanas na lista dos mais vendidos, 16 delas em primeiro lugar. Fui convidado para todos os programas de TV possíveis e imagináveis, foi uma experiência espetacular! Até hoje, quando sai um livro novo, eu me emociono, mas nada como o primeiro. O primeiro, quando chega, você tem vontade de dormir abraçado com ele, de tão maravilhoso que é.

ME: Como jornalista, você já trabalhou nos principais meios de comunicação: revista, jornal, TV, rádio… Qual dessas mídias você mais gosta de fazer?

MD: Dez anos atrás, eu responderia revista, que era o único em que eu tinha trabalhado e é com o que eu me identifico demais. Mas eu comecei a fazer outras coisas e me encantei com todas. Eu adoro fazer rádio, acho que é uma coisa maravilhosa como a gente tem a capacidade de mexer com o lado lúdico das pessoas. Televisão também é sensacional, pelo formato, por trabalhar com a coisa mais condensada, a notícia ter que caber em dois minutos. Hoje, é muito difícil eu te responder se tem um preferido. Inclusive virei blogueiro, o que eu nunca achei que iria virar, e tô adorando também.

ME: Mas não tem nenhuma delas que você diga: ‘Ah, essa eu não gosto muito de fazer…”?

MD: Não. Eu sou um privilegiado, faço tudo que eu gosto, onde eu gosto e do jeito que eu gosto. Se um dia alguém me vir reclamando, me interna, porque eu tô louco! Eu amo demais o meu trabalho, e uma coisa complementa a outra.

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ME: O seu programa na ESPN Brasil e na Rádio Bandeirantes é sobre futebol. Você pratica algum esporte?

MD: Na minha adolescência, eu joguei futebol e, depois de adulto, fui um jogador bem fraco de squash até eu ter um problema no joelho, de menisco. Hoje, sou completamente espectador. Meu filho mais novo até insiste que eu tenho que jogar bola no jogo dos pais e filhos, mas eu invento uma desculpa e não vou…

ME: E você tem algum hobby, alguma coisa que goste de fazer?

MD: Sou um colecionador compulsivo de milhares de coisas! Coleciono action figures de vilões, bonequinhos de panda que ficam aqui enfeitando a editora, carrinhos ligados a filmes… tenho uma coleção bem legal de Batmóveis, por exemplo. Tenho muito DVD de seriado antigo, coisas de futebol eu tenho bastante também. Hoje mesmo eu fui à Comix [loja de quadrinhos em São Paulo] e gastei R$ 150, sendo que só tinha ido atrás de um gibi lá. Eu tenho um problema com esse negócio de coleções.

ME: Para terminar, quais são os seus projetos para o futuro?

MD: Viver muitos e muitos anos. Quero fazer muitos outros livros ainda, porque acho que a coleção Guia dos Curiosos pode crescer bastante, mas também estou entrando nessa linha de e-Books. Um livro meu já virou aplicativo. Quero ser um velhinho bem tecnológico quando envelhecer.

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