Comportamento

25 anos e uma saideira

Leia o editorial do diretor de redação Sérgio Gwercman com os principais destaques da edição.

Por Da Redação SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h49 - Publicado em 26 ago 2012, 22h00

Sérgio Gwercman, diretor de redação

Dias atrás encontrei meus amigos de colégio. Gente que eu não via, na média, havia 20 anos. Imaginei que precisaria de um crachá para saber quem era quem. Mas não. Reconheci imediatamente cada um: eram os mesmos rostos, as mesmas personalidades que eu lembrava. Todo mundo com mais de 30 anos, mas igual ao que era aos 13. E isso me fez entender como a gente muda pouco na vida: da sua essência, você nunca se livra.

Não precisava comer pizza com colegas para descobrir isso: bastava olhar para a SUPER. Pegue a edição 1, publicada há exatos 25 anos. Quanta diferença! E como é tudo igual! As páginas têm outra cara, as matérias, outra pegada. Mas a essência é idêntica. Uma revista apaixonada por conhecimento. Feita para leitores apaixonados por conhecimento. E produzida por profissionais apaixonados por conhecimento. Estava tudo lá em setembro de 1987, está tudo aqui em setembro de 2012.

Foi a essência que buscamos para produzir esta edição comemorativa dos 25 anos de aniversário. Aqui você vai aprender como funciona a redação, saber os temas de capa mais comuns e até o segredo do nosso sucesso. O editor Felipe van Deursen foi ainda mais longe: voltou ao ano de lançamento da SUPER e passou uma semana lá. Tudo para celebrar esta marca.

Obrigado a você pela leitura, portanto. Porque é a sua paixão pela revista que justifica a existência da nossa. E digo isso em nome de todos que ajudaram a construir a SUPER: na redação, na publicidade, na gráfica, na distribuição. Não conheço uma pessoa que tenha trabalhado aqui e que não sinta orgulho disso. Que tudo dure mais 120 anos.

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Imagine ser contratado para jogar no seu clube de coração. Foi isso que senti quando fui convidado para trabalhar na SUPER, em 2004: era a revista que eu lia quando garoto, e também a que eu sonhava em trabalhar depois de formado. Agora imagine que após chegar como o juvenil você ganhe uma vaga nos profissionais, e depois no time titular, vire o capitão da equipe. Que tenha a chance de levantar um título inédito na frente da sua torcida. Esta é minha história na SUPER. Mas ela acaba aqui: estou deixando a revista porque aceitei um convite para dirigir a ALFA. Vou feliz da vida e entusiasmado com a nova jornada. Mas consciente de que comandar a SUPER foi a minha Libertadores num Pacaembu lotado, um orgulho que vou carregar pro resto da vida. A redação ficará em boas mãos: em breve, você terá boas notícias. Do meu lado, vai ficar uma enorme saudade. Foi um enorme prazer. A todos vocês, obrigado, obrigado, obrigado. A gente se encontra pela vida.