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71% das músicas gravadas nos últimos 50 anos falam de amor

Estudo analisa 1250 canções lançadas entre 1960 e 2008 – e revela que amor, sexo e machismo são os ingredientes mais comuns da música popular.

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 25 jun 2020, 15h11 - Publicado em 19 Maio 2017, 18h04

O que Cartola, Paul McCartney, Kate Bush, Marcos e Belutti feat. Wesley Safadão, Lady Gaga e B.B. King têm em comum? Todos eles gravaram canções de amor – e volta e meia optaram por letras mais… picantes.

Na verdade, difícil mesmo seria encontrar alguém de microfone na mão que nunca falou de amor e sexo em um disco. Um estudo analisou 1250 músicas lançadas entre 1960 e 2008 que atingiram o topo do ranking de popularidade da revista Billboard norte-americana – a lista sagrada da indústria fonográfica, que mantém um registro preciso das canções mais tocadas no rádio desde 1936. Ele foi organizado pelos psicólogos Andrew P. Smiler e Jennifer W. Shewmaker, ambos autores de livros sobre sexo e cultura. 

Dos mais de mil singles analisados, 71% falam de amor romântico, e 57% usam a palavra “amor” em algum ponto da letra. A década menos melosa da música popular foram os anos 2000, em que “só” 49% das canções têm a palavra love.

Sexo é um tema um pouco menos frequente, mas mesmo assim muito comum. 22% das músicas da lista contém referências safadas, mas elas só são explícitas em metade dos casos. A outra metade, mas sutil, inclui insinuações e metáforas (que às vezes são bastante óbvias – ou você acha mesmo que Madonna se ajoelha para rezar em Like a Prayer?)

Das 1250 canções, 827 foram gravadas por homens, 328 por mulheres e 95 por grupos com membros dos dois gêneros. O corpo feminino foi objetificado em 14% das canções gravadas por homens – é o caso de It’s so Easy, do Guns n’Roses –, mas o oposto só aconteceu em 3% das canções gravadas por mulheres.

O número de canções sobre relações amorosas cantadas por mulheres se manteve mais ou menos constante ao longo das cinco décadas analisadas: ficou entre 78% e 83% (Bonnie Tyler, nós sempre vamos amar Total Eclipse of the Heart). 

Já os artistas masculinos entraram na década de 1960 falando de amor em sete a cada dez músicas – muitas delas dos Beatles, como Something –, e atingiram um pico de 78% na década de 1980. Foi uma época de dor no coração, cortes de cabelo exóticos e solos de guitarra antológicos – ou dá para se esquecer de Don’t Stop Believing, do Journey? Depois disso, o amor romântico saiu de moda, e chegamos aos anos 2000 com só 59% de canções masculinas apaixonadas.

O número de mulheres que abordam sexo nas letras foi de meros 6% na década de 1960 para algo entre 16% e 21% de 1970 para frente – agradeça a revolução sexual da era hippie. A igualdade de gênero, porém, ainda é uma realidade distante – os homens chegaram ao século 21 gravando duas vezes mais músicas de teor sexual, 40% do total. 

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