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8 perguntas curiosas sobre desejo

Querer nem sempre é poder. Quem decide são os hormônios

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 14 fev 2017, 18h44 - Publicado em 2 fev 2013, 22h00

1. Como o desejo sexual diminui ao longo da vida?

A testosterona é o hormônio do desejo. Nos homens, é produzida pelos testículos e, nas mulheres, pelos ovários e pelas glândulas suprarrenais. É difícil medir a variação porque os valores de referência são amplos. Os laboratórios costumam estabelecer, para homens, concentrações normais no sangue de 300 a 1000 nanogramas por decilitro. Alguns trabalham com a máxima de 1200 ng/dl. Para mulheres, de 14 a 80ng/dl ou de 50 a 120ng/dl. São bem mais baixas do que as do time masculino, mas elas contam também com a ajuda do estrogênio, um turbinador da libido, que manda o corpo aumentar a lubrificação, o fluxo sanguíneo e a sensibilidade na região da vulva, além de comandar a dilatação do canal vaginal. “Do ponto de vista cerebral, com o avanço da idade, ocorre inibição dos lobos frontais, ligados a regiões instintivas”, completa o neurologista Leandro Teles. “Também há a diminuição de serotonina, predispondo à depressão e à perda da libido.” O cérebro perde a eficiência, com redução de seu volume e da capacidade sensorial.

 

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2. Existe Viagra feminino?

Não. O princípio ativo desse medicamento, o citrato de sildenafil, tem a função de aumentar o fluxo sanguíneo para a área genital e favorecer a ereção. Nas mulheres, a coisa muda de figura porque o tesão envolve principalmente a parte emocional. Cientistas alemães estudaram uma substância chamada fibanserina e encontraram indícios de que ela pode aumentar o desejo modulando a disponibilidade de serotonina e estimula a dopamina – mas leva de seis a oito semanas para começar a fazer efeito e pode causar depressão e desmaios. Não conseguiram comprovar a segurança e a eficácia dela. Também existem experimentos com a erva Tribulus terrestris, o aminoácido arginina, com função vasodilatadora, e o cloridrato de bupropiona, componente de um antidepressivo que aumenta a quantidade de dopamina e noradrenalina, associadas à libido. Os efeitos colaterais variam de tremores a urticária.

 


3. Clima e altitude afetam a vontade de fazer sexo?

Sim. Pesquisadores franceses concluíram que o nível de andrógenos, hormônios masculinos relacionados ao desejo sexual em homens e em mulheres, aumenta no verão. E estudos demográficos já demonstraram que, em todo o mundo, o número de nascimentos tende a ser maior nove meses após a estação mais quente do ano, o que confirmaria a primeira teoria. O clima também pode interferir se levarmos em consideração a influência da melatonina, hormônio secretado pela glândula pineal, localizada no cérebro, associado aos ritmos biológicos. A melatonina é produzida no período noturno e em ambientes escuros seus níveis aumentam, causando sono. Então, o excesso pode comprometer a libido. Já a serotonina, neurotransmissor que regula o humor, é fabricada na presença da luz. “É por isso que, no inverno, quando os dias são mais curtos, e em períodos chuvosos, nos quais o sol quase não aparece, as pessoas ficam mais deprimidas”, explica o psicobiólogo Ricardo Monezi, professor de fisiologia do comportamento do Instituto de Medicina Comportamental da Unifesp. Seguindo esse raciocínio, nas regiões de inverno longo e rigoroso, como a cidade de Longyearbyen, na Noruega, que chega a ficar quatro meses no breu, as pessoas estão mais sujeitas a sentir uma diminuição da libido. Mudanças bruscas de altitude também podem esfriar os ânimos. Em regiões elevadas, como a cidade de La Paz, na Bolívia, 3.640 metros acima do nível do mar, a respiração fica mais curta e quem não está acostumado sente tontura e dor de cabeça. Se pensar em cama, vai ser para dormir.

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4. O que é frigidez?

É a completa falta de desejo sexual, que pode acontecer por vários motivos: trauma por abuso sexual; efeito colateral de algum medicamento, como antidepressivos; doenças ginecológicas que causam desconforto e dor; crença de que o sexo é sujo e proibido. Agora, frigidez é diferente de falta de orgasmo (anorgasmia). Se a mulher fica excitada, mas não consegue chegar lá de jeito nenhum, as causas vão desde estímulos inadequados até estresse e ansiedade.

 


5. O desejo das mulheres muda conforme o dia do mês?

Sim, acompanhando o ciclo menstrual.

Período menstrual
Normalmente, a casa fica fechada para balanço. Mas há quem sinta mais desejo nos dias da menstruação, assim como podem acontecer picos de libido no período que a antecede ou logo depois que ela termina.

Período fértil

Por volta do 14º dia do ciclo, a sábia natureza prepara o terreno da procriação: a testosterona atinge o seu ponto máximo para estimular a relação sexual. É quando a mulher está no período fértil, que dura de 3 a 5 dias.

Período pré-menstrual
Os desconfortos nessa fase – inchaço, cólica, dor de cabeça – fazem grande parte delas preferir um bolo de chocolate. Normalmente, depois da ovulação, os níveis de progesterona aumentam e os de testosterona diminuem.

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6. Homens pensam mais em sexo do que mulheres?

A biologia diz que sim, a psicologia diz que depende. A quantidade de testosterona e a predisposição para se excitar até com a Marge Simpson de lingerie deixam os homens na dianteira numérica. A psiquiatra Carmita Abdo fez um estudo: entrevistou mais de 7 mil pessoas, em 18 estados brasileiros. Pelos resultados, 26,1% dos homens sentem vontade de fazer sexo várias vezes por dia, contra 10,7% das mulheres. O desejo aparece algumas vezes na semana para 53,5% delas e 40% deles. A questão: espermatozoides são baratos e óvulos são caros. Inconscientemente, além de não entregarem o ouro para qualquer um, elas ainda têm o peso da maternidade. Eles têm o instinto mais promíscuo.

 


7. Por que mulheres não se excitam com filmes pornôs?

O pesquisador americano Barry Komisaruk, da Universidade de Rutgers, monitorou a atividade cerebral de uma mulher desde a atração até o orgasmo e verificou que o córtex sensorial, que processa sensações como a empatia, é a primeira área a ser estimulada. Nos homens é a visão. Isso explicaria porque elas não veem a menor graça em cenas de anatomia explícita, preferindo aquelas que sugerem algum tipo de emoção.

 


8. Por que os mamilos ficam rígidos com a excitação?

Porque reagem instantaneamente a estímulos internos e externos. Homens também ficam com o farol aceso de vez em quando.

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Na superfície
Os mamilos e as aréolas são bastante vascularizados e têm muitos receptores nervosos.

Camada interna
Abaixo deles, há uma rede de fibras musculares que se contraem de maneira reflexa toda vez que recebemos estímulos ou sentimos frio.

Sangue
A excitação libera adrenalina, causando a contração. Nas mulheres, principalmente na amamentação, a resposta do cérebro é motivar a liberação de ocitocina, hormônio relacionado à formação de vínculo, que também retrai os músculos.

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