A Olimpíada (militar) no Rio
Cidade realiza neste mês os Jogos Mundiais Militares com 6 mil oficiais de 100 países disputando provas de combate e salvamento
Cristine Gerk
Com obras atrasadas, congestionamentos e a violência urbana do Rio, há quem diga que as Olimpíadas de 2014 serão uma verdadeira guerra. Para os militares, com certeza: neste mês, a cidade recebe os Jogos Mundiais Militares, uma Olimpíada que reúne as Forças Armadas de 100 países e existe desde 1995. A equipe brasileira teve sua melhor participação em 2003, na Itália, quando ficou em 15º lugar. A Rússia é a maior vencedora, com 4 primeiros lugares e 447 medalhas.
Jogos de guerra
Categorias testam força, inteligência e habilidade em combate
Maratona de tiro
Consiste em dar 120 tiros de pistola, em intervalos de 3 segundos, contra um alvo de 50 cm de diâmetro. Depois são mais 100 disparos de fuzil com o competidor deitado, em pé e de joelhos. As mulheres usam armas mais leves, pistola e carabina, mas dão mais tiros: 240.
Navegação aérea
O objetivo é sobrevoar uma área na região de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, e passar por todos os pontos predeterminados pelos organizadores completando o percurso no tempo exato. O avião utilizado é um monomotor da Força Aérea, o Tucano AT-29.
Orientação na floresta
A prova consiste em atravessar uma floresta de 5 km2 em Avelar, a 120 km do Rio, no menor tempo possível. Nada de GPS: para se orientar o militar recebe uma bússola e um mapa do terreno. A travessia inclui pântanos, morros e um rio.
Resgate na água
Os organizadores jogam um boneco dentro de uma piscina. O competidor tem de nadar até ele, agarrá-lo e nadar mais 50 metros como se estivesse salvando uma pessoa. O atleta veste uma roupa especial que parece uma farda e dificulta a natação.
Lançamento de granada
O atleta deve arremessar 12 granadas contra círculos desenhados no chão que ficam a até 35 metros de distância. São utilizadas granadas de competição – com o mesmo formato e o mesmo peso das verdadeiras, cerca de 600 g, mas sem explosivos dentro.