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Alucinação de enfermeira teria contagiado 4 pessoas nos EUA

O conto de terror da vida real aconteceu no estado americano de Oregon – e ninguém conseguiu explicar o que, de fato, aconteceu.

Por Helô D'Angelo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 24 out 2016, 13h20 - Publicado em 24 out 2016, 13h13

A madrugada avançava, fria e escura, na pequena cidade de Coos Bay, Oregon, EUA. A enfermeira Clara Martins* estava cuidando de uma senhora de 78 anos quando, de repente, algo a assustou: um grupo de pessoas estava vandalizando seu carro, estacionado bem em frente à casa da velhinha. Apavorada, Clara chamou a polícia e se escondeu – mas quando os oficiais chegaram, não encontraram nada: o carro estava intacto e não havia nem sinal dos vândalos. Eles acabaram indo embora; Clara sacudiu a cabeça, achando que era cansaço, e continuou cuidando de sua paciente.

Duas horas depois, porém, a cena se repetiu: a enfermeira viu um grupo de pessoas destruindo seu carro. Ela chamou a polícia de novo e, mais uma vez, eles não encontraram absolutamente nada. Preocupados com a sanidade mental da enfermeira, eles a levaram para o hospital de Bay Area, onde ela foi submetida a uma série de exames que não encontraram nada de errado.

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Só isso já seria meio perturbador, mas tem mais: Clara não foi a única a ter alucinações naquele dia. Na verdade, quatro outras pessoas demonstraram os mesmos sintomas – e todas tiveram contato com a enfermeira. A primeira foi a velhinha de quem Clara estava cuidando; depois, foram os dois policiais que atenderam ao primeiro chamado da enfermeira. Por fim, um funcionário do hospital disse que estava vendo coisas.

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Todos foram hospitalizados e passaram por exames, mas nada de anormal foi encontrado nos cérebros deles. Agora o mais bizarro: naquela tarde, toda a área em que Clara esteve (a casa e a ala inteira do hospital) foi isolada em quarentena, checada e descontaminada, mas nada que justificasse a mini epidemia foi encontrado – nenhuma fonte de contaminação, nenhum resto de drogas, nada. Tanto a casa quanto o hospital, assim como o sangue dos pacientes, estavam limpos de qualquer estimulante alucinógeno.

Até agora, ninguém conseguiu explicar o estranho fenômeno, digno de um livro de Stephen King ou de Stranger Things. Mas a polícia e os médicos do hospital deram algumas hipóteses: a mais aceita é que as alucinações tenham sido causadas pela exaustão das pessoas envolvidas – afinal, quatro delas tinham empregos emocionalmente desgastantes (enfermeira de idosos, funcionário de hospital e policiais), e uma delas estava em uma idade avançada. A de Clara, especificamente, pode ter sido fruto do contato com drogas contra Parkinson.

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Só essa explicação, porém, não dá conta da coincidência do encontro entre os “alucinados” no mesmo dia. Alguns médicos do hospital acham que a culpa pode ser de algum fungo, cujos esporos estavam “viajando” pelo ar nas redondezas bem naquela hora – isso explicaria por que todo mundo que esteve perto de Clara teve as alucinações: os esporos devem ter ficado presos na roupa e nos cabelos da enfermeira, e podem ter sido aspirados por acidente. Mas não havia nenhum traço anormal no sangue das pessoas “contaminadas”.

Uma terceira explicação, que talvez seja a mais plausível se a gente combinar com a primeira, é uma coisa chamada “Efeito Fogueira”: uma ilusão compartilhada por várias pessoas em uma situação estressante (como, por exemplo, uma noite no meio do mato, sem outra iluminação além de uma fogueira: se alguém ouve passos, você começa a ouvir também). Isso faz sentido: os policiais ficaram assustados logo na primeira vez que Clara os chamou, e aí, quando levaram a enfermeira para o hospital, comentaram com os funcionários sobre a situação esquisita. E aí, todo mundo ficou com medo junto e acabou desenvolvendo os mesmos sintomas mentais.

Ainda assim, ninguém tem certeza dessa hipótese: pelo que a gente sabe, podem ter sido aliens tentando dominar as mentes dos seres humanos, o Governo fazendo experimentos com uma pequena cidade ou até o começo de uma epidemia zumbi – causo bom para ser contado nas festinhas de Halloween.

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* Nome fictício

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