As bicicletas vão invadir sua praia
E sua rua, seu bairro... Sustentáveis, rápidas e econômicas, as magrelas são o transporte do momento
Texto Vitor Leal Pinheiro
Elas estão por toda parte. Nas ruas, nas revistas, nas propagandas. O hype em torno da bicicleta é grande, e não deve parar de crescer tão cedo. Afinal, ela é o maior símbolo da mobilidade sustentável, além de ser o meio de transporte mais rápido para trajetos de até 5 quilômetros. Em todo o mundo, sistemas cicloviários, com faixas compartilhadas e exclusivas, redes de bicicletários e programas de aluguel de bikes estão sendo feitos para estimular ainda mais o uso das magrelas.
O primeiro sistema de bicicletas públicas do mundo, o Vélib, de Paris, tem mais de 20 mil bikes disponíveis e possui estações a cada 300 metros no centro da cidade que funcionam 24 horas por dia, 7 dias por semana. O sucesso é tamanho que o programa, iniciado em 2007, gerou similares em muitas outras cidades, como Berlim e Montreal.
Já em Londres, iniciativas como pedágio urbano, readequação e sinalização de ruas e campanhas na mídia fizeram o número de ciclistas aumentar 83% desde 2000. Hoje, são quase meio milhão de viagens diárias na cidade.
A capital paulista também viu o número de viagens diárias de bicicleta crescer. São mais de 300 mil, o dobro de 10 anos atrás, segundo a pesquisa Origem e Destino do Metrô. Esse crescimento é 11 vezes maior que o das viagens de carro no mesmo período. No Rio de Janeiro, além de um programa nos moldes do Vélib e de ciclovias na orla, os últimos investimentos estão sendo feitos na colocação de sinalização e criação de faixas compartilhadas e exclusivas, unindo os destinos mais importantes de Copacabana.
O furor em cima da bike é tão grande que pedalar virou sinônimo de elegância. Nada de roupas de lycra coloridas e coladas: para o movimento Cycle Chic, estilo é mais importante que velocidade. A ideia surgiu em Copenhague e está ganhando o mundo, com adeptos em locais como Nova York, São Paulo e Curitiba.