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Brigar por causa de política no trabalho diminui a produtividade

Homens jovens são o grupo que mais se deixa estressar por debates na hora do café

Por Helô D'Angelo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 fev 2018, 15h04 - Publicado em 15 set 2016, 14h45

Petralha ou coxinha? Democrata ou republicano? Não importa a posição: discutir política no trabalho aumenta o estresse, cria rixas entre funcionários e produz um isolamento entre eles. É o que diz um estudo da Associação Americana de Psicologia, dos EUA, que analisou as mudanças nas relações profissionais dos americanos em 2016 — ano das eleições presidenciais no país.

A pesquisa foi feita online, entre 10 e 12 de agosto, com 927 adultos empregados — que só precisavam responder a algumas perguntas sobre o assunto. Pelos resultados, dá pra ver que o debate político realmente atrapalha a labuta: pelo menos 28% dos trabalhadores jovens (entre 18 e 34 anos) disseram que estavam estressados exclusivamente por causa do aumento de debates políticos durante o expediente, e 19% disseram que a produtividade caiu muito desde que as discussões relacionadas às eleições dominaram os papos na hora do cafezinho. 24% também acham que a qualidade do trabalho foi pro chinelo, e 21% afirmaram que desenvolveram dificuldades para terminar o trabalho do dia por causa disso.

Mas, no meio da briga política, nem todo mundo sofre do mesmo jeito: a pesquisa mostra que os homens, especialmente os mais jovens, são os que mais têm o trabalho afetado pelos embates de opinião — só para dar uma ideia, duas vezes mais homens jovens afirmaram estar se sentindo estressados do que as mulheres da mesma faixa etária ou do que as pessoas mais velhas.

Duas vezes mais homens jovens disseram estar isolados de seus colegas de trabalho do que as mulheres da mesma faixa etária, e enquanto 18% dos homens relatou já ter entrado em uma briga política com colegas, só 4% das mulheres já fizeram a mesma coisa.

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O interessante é que quase metade (47%) dos entrevistados acredita que esse tipo de debate acirrado não aconteceria no passado, sem as redes sociais — o que faz sentido, se a gente pensar que são os jovens entre 18 e 34 anos os que mais reportaram problemas vindos dessa brigalhada toda.

Observando algumas respostas, até parece que o respeito continua reinando: 54% das pessoas entrevistadas disseram que evitam discutir política com os colegas, e 60% afirmaram que as pessoas no trabalho, em geral, são respeitosas umas com as outras. 20% também passaram a evitar colegas com opiniões diferentes para evitar embates.

Mesmo assim, 56% disseram já ter presenciado uma briga feia relacionada à política no ambiente de trabalho — e cerca de 11% contam que já entraram, eles mesmos, em um desses arranca-rabos. Pelos menos 15% também disseram que a própria postura mudou de “neutro” para “cínico” ou “grosso” para se proteger de ataques de quem não tem a mesma visão política.

Agora, qual lado é o mais briguento: republicanos ou democratas? Pasme: nenhum. Pelo menos, a pesquisa não encontrou diferença expressiva entre os níveis de estresse entre quem é “coxinha” ou “petralha” nos moldes dos EUA. Ou seja: não importa a posição política, o que importa é que o que fica de negativo depois de uma dessas brigas.

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