O programa espacial americano corre o sério risco de ficar preso ao chão mais este ano. Essa previsão, para mal dos pecados, ganhou força justamente quando os soviéticos festejavam o recorde de onze meses no espaço do cosmonauta Yuri Romanenko. Desde a explosão da Challenger, em 28 de janeiro de 1986, a NASA enfrenta o desafio de construir naves mais seguras para transporte de satélites, experiências científicas e militares, e ainda para a ponte aérea à futura estação espacial. Pois bem: ao contrário das primeiras informações, está dando chabu nos testes com o novo foguete propulsor dos ônibus espaciais. Foi um vazamento no propulsor ( booster) que causou a tragédia da Challenger.
Se o novo propulsor tivesse passado nos testes, o calendário da NASA começaria a correr em 2 de junho, quando a Atlantis, companheira daChallenger, seria lançada com uma tripulação de quatro homens, levando um satélite de rastreio e retransmissão de dados. Agora, a tudo ficará para depois da eleição presidencial de novembro nos Estados Unidos.