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Como colonizar a galáxia

O físico inglês Freeman Dyson prevê que levaremos meio milênio para chegar às estrelas e, quando isso acontecer, o homem dará origem a outras espécies Universo afora

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h50 - Publicado em 9 fev 2015, 22h00

Flávio Dieguez

Você acredita que já poderíamos estar vivendo no espaço? Acha que estamos atrasados em relação ao que poderia ter sido feito?

Avançamos tão rápido quanto possível. Só faz sentido ir para o espaço a um custo aceitável. Ainda vai demorar cem anos para as viagens aos planetas se tornarem rotina. Para chegar às estrelas levaremos, no mínimo, 500 anos.

Que tipo de tecnologia pode ser usada para realizar essa colonização?

Há boas sugestões, como as naves a vela, que seriam impulsionadas pelo “sopro” de gás emitido pelo Sol. Outro avanço virá dos motores de plasma, ou seja, um gás eletrificado, acelerado por eletroímãs e ejetado a altíssima velocidade pelas turbinas. Isso daria aos foguetes uma velocidade muito alta, encurtando o tempo de voo e o preço da viagem. Essas novidades apontam caminhos possíveis, embora ainda sejam insuficientes para resolver completamente o problema dos custos.

Você fez uma conta de quanto deve custar para o homem realizar a colonização dos planetas. Qual foi o valor final?

Eu avaliei a viagem dos primeiros emigrantes europeus para os Estados Unidos e concluí que um custo razoável da colonização de outros planetas seria da ordem de US$ 50 mil per capita. Isso seria comparável ao custo da colonização da América. Qualquer coisa acima disso me parece um luxo inaceitável.

Você afirmou que o Universo foi construído para que o homem pudesse surgir nele. Trata-se de uma ideia religiosa?

Sou moderadamente religioso. Mas o que essa frase quer dizer é que a vida e a mente parecem ter sido construídas dentro da estrutura do Universo. Não foram acidentes. São inerentes à maneira como o Universo evoluiu.

Por que você diz que, se o homem for para o espaço, deixará de ser o que é?

Quero dizer que a imensa maioria das espécies desaparece. A minoria que deixa descendentes geralmente se divide em diversas outras espécies. Então, o homem partilha dessa mesma possibilidade: ou caminha para a extinção ou evolui para gerar outros seres. Se nos espalharmos pelo Universo, ocupando novos hábitats entre as estrelas, há uma boa chance de nos dividirmos em muitas outras espécies. Esse é um dos principais motivos que me levam a desejar a disseminação da humanidade pelo espaço.

Você imaginou uma nave-borboleta, que voaria até outros planetas na forma de um casulo blindado e, chegando lá, viraria um inseto com partes mecânicas e vivas. Você acha isso viável?

Sim. Só que ela ainda é uma tecnologia distante de nós. É um projeto para quando soubermos muito mais biologia do que sabemos atualmente. Para a borboleta espacial voar, passaremos meio século fazendo pesquisa básica e outro tanto trabalhando na engenharia do projeto.

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Freeman Dyson, hoje aposentado, passou grande parte da carreira no Instituto de Estudos Avançados, em Princeton, nos Estados Unidos. Como consultor da Nasa, explorou as possibilidades de viagens a outros planetas e estrelas.

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