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Como os super-heróis nasceram

Saiba como bandidos na época da maior crise econômica que o mundo já viu levaram ao surgimento da essência personificada do bem na cultura popular.

Por Salvador Nogueira
Atualizado em 25 Maio 2020, 18h53 - Publicado em 2 fev 2013, 22h00

Tudo começou com dois jovens tímidos de Cleveland, nos Estados Unidos. De origem judaica, Jerry Siegel desde moleque era fã de ficção científica. Sua maior aspiração era se tornar escritor. No ensino médio, ele conheceu Joe Shuster, nascido no Canadá, mas criado em solo americano. Além da habilidade para desenhar, Joe tinha um interesse pelo fisiculturismo. A união das paixões de ambos, na hora certa, produziu uma revolução cultural que ecoa até hoje. Em algum ponto de 1935, a dupla foi responsável pela criação do Superman.

E assim nasceu a indústria (ou seria a mitologia?) dos super-heróis. Ou, pelo menos, essa é a versão que os fãs de quadrinhos costumam propagandear. Há, contudo, um lado bem menos romântico acerca dos eventos que deram ao mundo a versão moderna dos deuses e semideuses gregos. E ela envolve gângsters, trapaceiros do pior tipo e até mesmo pornografia.

É uma grande ironia que os maiores defensores do bem tenham nascido de um meio em que a ética era tão dúbia, mas foi assim que aconteceu, naqueles estranhos anos do começo do século 20 nos Estados Unidos.

Dois eventos históricos singulares foram fundamen­tais para criar o pano de fundo que daria origem à indústria dos quadrinhos. O primeiro deles tem origem em 1920, quando o governo americano instituiu a Lei Seca – proibindo a fabricação, o transporte e a comercialização de qualquer bebida alcoólica nos Estados Unidos.

A ORIGEM DA MARACUTAIA

(Reprodução/Divulgação)

O romeno Harry Donenfeld emigrou para os Estados Unidos com os pais em 1898, quando tinha apenas 5 anos. Embora tivesse raízes semelhantes às de Jerry e Joe, sua criação foi completamente diferente. Sai de cena a pacata Cleveland e, em lugar dela, entra a efervescente Nova York.

Criado nas ruas, Donenfeld aprendeu o que era preciso para sobreviver. Tornou-se amigo de gângsteres como Frank Costello, ligado ao tráfico de bebida, e virou sócio de seus irmãos na gráfica da família, a Martin Press, no início da década de 1920. De repente, graças a seus contatos… hum, digamos… pouco convencionais, a empresa decola e fecha grandes contratos para imprimir capas de revistas como a Cosmopolitan. Suspeita-se que Harry passou a usar a companhia para transportar bebida do Canadá junto com papel para a gráfica. Nunca ficou provado, mas a grana de repente começou a sobrar. Em 1923, ele tirou os irmãos do negócio e mudou o nome da empresa para Donny Press.

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Dali em diante, a coisa prosperou. Harry expandiu, criou sua própria empresa de distribuição de publicações e passou a imprimir suas próprias revistas – a maior parte delas com fotos de mulher pelada e histórias sensuais, impressas em papel vagabundo.

Era um esforço para “legalizar” os negócios e sobreviver depois que a Lei Seca terminasse. Aconteceu só em 1933, quando o mundo enfrentava o segundo fator determinante para o surgimento dos heróis – a Grande Depressão.

Os Estados Unidos mergulharam na recessão, tornando tudo mais difícil para quem não tivesse uma boa rede de contatos. Um dos que sofreram com a crise foi o major Malcolm Wheeler-Nicholson. Em 1935, ele praticamente inventou o conceito do gibi.

Histórias em quadrinhos já existiam antes disso, claro, mas eram apenas publicadas em tirinhas, nos jornais. Apesar de seu sucesso, ainda havia muitas dúvidas, sobretudo naqueles tempos bicudos, de que alguém comprasse uma publicação que consistisse somente em quadrinhos.

Elas começaram a se dissipar, contudo, quando alguns espertinhos passaram a negociar os direitos para reunir tirinhas já publicadas em jornais no formato de revistas, por volta de 1933. Quando o major Wheeler-Nicholson chegou ao mercado, já não tinha mais tirinhas publicadas para negociar. Ele deu o próximo – e fundamental – passo: decidiu encomendar material inédito para lançar sua própria revista.

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Um dos fornecedores do major era a dupla Siegel e Shuster, que se lançou com o personagem… Henri Duval, o mosqueteiro. Isso em 1935, na mesma época em que eles começaram a pensar no Superman.

A empresa de Donenfeld ajudava Wheeler-Nicholson a distribuir suas revistas, mas, quando o major se atolou de vez em dívidas, teve de vender a National Allied Publications para seu distribuidor, justamente para pagar a publicação de sua mais nova revista, Detective Comics, que circulou em março de 1937.

Àquela altura, Donenfeld estava tomando uma surra dos críticos por suas indecentes revistinhas de mulher pelada e buscava uma saída para manter o lucro com suas publicações. Era a segunda vez que ele precisava trocar de pele para se manter na praça – primeiro de auxiliar de gânster para pornógrafo e, agora, para editor de quadrinhos. Não que aqueles quadrinhos pudessem aumentar sua reputação. A moda eram as histórias de terror e crime, violentas como os tempos pediam, sexy como os leitores queriam.

CHEGA O HOMEM DO AMANHÃ

(Reprodução/DC Comics)

Em 1938, Wheeler-Nicholson já estava completamente fora do negócio, que era conduzido por Donenfeld e seu fiel contador, Jack Liebowitz. Quando a National Allied Publications foi lançar uma nova revista de quadrinhos, mais focada em ação, pediu a Jerry e Joe que propusessem uma história. A imagem icônica do gibi, que chegou ao mercado ao preço de 10 centavos de dólar, era algo nunca visto antes, mas extremamente familiar hoje: um homem muito forte ergue um carro com as próprias mãos, vestido com uma roupa colante azul, um S no peito e uma capa vermelha. Os traços eram de Joe Shuster. É o marco inicial da chamada Era de Ouro dos Quadrinhos.

Harry, contudo, não estava feliz. Ele viu a capa, achou o personagem ridículo e ordenou que o Superman não voltasse a figurar na publicação. Sua reação não foi muito diferente da que tiveram vários outros editores, quando receberam amostras do personagem. O material que figurou na Action Comics 1, inclusive, nada mais era que uma colagem de diversas tirinhas antigas, recortadas e coladas na maior cara de pau.

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Apesar do trabalho meio desleixado, e da rejeição interna na editora, a revista foi um estouro de vendas. Pela primeira vez, o mundo foi tomado de assalto por um super-herói – e nunca a humanidade havia precisado tanto deles. A ameaça de guerra na Europa e a crise econômica nos Estados Unidos deixavam todo mundo à espera de um salvador. De certa forma, a mensagem messiânica por trás de um personagem aparentemente bobo como Superman era o que todos – sobretudo os jovens – queriam ter por perto.

Logo que vieram os superlativos números das bancas, surgiu o plano de fazer uma revista mensal inteira só com o Superman. Donenfeld, antes crítico, virou principal propagandeador do homem de azul, e Siegel e Shuster assinaram um contrato-padrão, que lhes dava 140 dólares em troca de todos os direitos sobre o personagem. Além disso, teriam por dez anos a exclusividade na produção das histórias do Superman – o que pareceu ótimo naquele momento.

A FEBRE DO SUPER

Não demorou para que Superman virasse também tirinha de jornal – produzida por Siegel e Shuster, lá é que surgiu toda a história pregressa do herói: Kal-El, enviado do planeta moribundo Krypton para viver entre os humanos, criado por um casal de fazendeiros do Kansas, que preserva sua identidade secreta como o repórter Clark Kent, mas na verdade usa seus poderes para “defender a verdade, a justiça e o modo de vida americano”.

Enquanto os gibis vendiam em quantidade astronômica (tiragens superiores a 1 milhão de cópias), outros editores se preparavam para capitalizar em cima da novidade. Um deles foi Charlie Gaines, que ajudou a produzir o gibi exclusivo do Superman. Ele pediu ao próprio Donenfeld uma grana emprestada para abrir sua própria editora de quadrinhos. Harry aceitou com a condição de que Jack Liebowitz fosse sócio no negócio – mantendo tudo “na família”, por assim dizer. Surgia a All-American Comics.

Outro potencial concorrente era Martin Goodman, que em 1939 fundaria a Timely Comics. A reputação do editor era a pior possível. Durante anos, ele usou o esquema de falir sua própria empresa e vendê-la a outra, também dele, para não precisar pagar colaboradores. Contudo, com a febre dos quadrinhos e uma revista chamada Marvel Comics, dessa vez a companhia acharia o rumo do sucesso.

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Claro, quem saiu na frente mais uma vez foi quem soube antes de todo mundo do sucesso do Superman. No fim de 1938, Vin Sullivan, empregado de Donenfeld na National Allied Publications, começou a encomendar a outros colaboradores histórias e personagens com a mesma pegada do Homem de Aço. “Vin conversou com várias pessoas, entre elas (o desenhista) Bob Kane”, conta Gerard Jones, pesquisador e ex-roteirista de quadrinhos que escreveu o livro Homens do Amanhã, sobre a origem da indústria dos heróis. “Era uma sexta-feira. Kane disse que voltaria na segunda-feira com um novo herói.”

Assim, em um fim de semana, nasceu o Batman. Kane o criou em parceria com o roteirista Bill Finger, embora o segundo jamais tenha sido oficialmente creditado e o próprio desenhista só tenha admitido a ajuda após a morte do colega. Kane, assim como quase todos na indústria dos heróis, estava mais para bandido que para mocinho. E então os Estados Unidos entraram na II Guerra Mundial.

(Reprodução/DC Comics)

REIS DA PROPAGANDA

Em tempos beligerantes, o cultivo do patriotismo é fundamental. Os super-heróis, com sua clássica, e quase infantil, visão do bem e do mal, serviram muito bem a esse propósito. Com a entrada dos Estados Unidos na guerra, após o bombardeio japonês a Pearl Harbor, no Havaí, em 7 de dezembro de 1941, Superman e seus seguidores passaram mais do que nunca a posar em frente à bandeira americana. Nasceu também, naquele mesmo ano, o mais patriota de todos os heróis: o Capitão América.

Criado por Joe Simon e Jack Kirby, o personagem foi o grande hit da Timely Comics, de Martin Goodman, que mais tarde seria rebatizada Marvel. Apesar de ter interrompido sua série de calotes aos colaboradores, ele passou a perna na dupla. Prometeu 15% da renda da revista do Capitão América, mas não cumpriu. Revoltados, os dois foram procurar emprego com Jack Liebowitz na rival National – futura DC. Ato contínuo, Goodman decidiu que não precisaria contratar mais ninguém para tocar o Capitão América e suas outras publicações. Promoveu a editor um office boy de 19 anos que nem sequer lia quadrinhos. Seu nome era Stanley Lieber. Para os íntimos, Stan Lee.

Enquanto isso, os heróis iam “para o alto e avante”. Superman virou um caríssimo desenho animado para cinema (e foi lá que ele aprendeu a voar – originalmente, o herói só saltava) e também um programa de rádio. O racionamento de papel, em razão da guerra, não afetava a indústria dos quadrinhos, que era vista pelo governo americano como uma importante peça de propaganda contra as forças do Eixo.

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Quando a guerra acabou, o que sobrou foi um mundo a reconstruir. Os quadrinhos de heróis passaram a ser menos interessantes diante de um público mais maduro e calejado. Em contrapartida, crescia o movimento de críticos que atribuíam à violência em suas páginas a delinquência juvenil.

Fora do papel, contudo, a popularidade permanecia. Batman era adaptado para curta-metragens em série no cinema, e o programa de rádio do Superman ousava mexer com as entranhas do racismo americano ao ridicularizar a Ku Klux Klan. Em 1946, munidos por um ativista que se infiltrou no grupo, os produtores decidiram colocar o Homem de Aço contra uma organização que atacava minorias. “A história era chamada The Clan of the Fiery Cross. Era disfarçado, mas totalmente óbvio. Eles mostravam o clã atacando minorias, usando capuzes, fazendo coisas altamente realistas para um programa de rádio infantil”, diz Rick Bowers, autor do livro Superman Versus the Ku Klux Klan.

A história teve excelente audiência e ajudou a desmoralizar o grupo racista, reduzindo seu recrutamento. Segundo a revista Newsweek, foi “o primeiro programa infantil a desenvolver uma consciência social nos jovens”.

Contudo, no mundo das páginas impressas, as críticas não passaram. Pior: chegaram ao auge quando o psiquiatra alemão Fredric Wertham publicou o livro Seduction of the Innocent, em 1954, sugerindo que a maior parte dos casos de violência infantil era influenciada pelos quadrinhos. Em setembro daquele ano, como reação da indústria, surgiu a Comics Code Authority – uma forma de autocensura para eliminar os conteúdos mais violentos. De repente, os heróis não podiam nem dar um murro num bandido que já pegava mal.

ERA DE PRATA

Para dar nova vida aos heróis sob os novos códigos de conduta, seria preciso mais uma explosão criativa. Do lado da DC Comics, no fim dos anos 1950, haveria a reconstrução da mitologia de alguns de seus heróis, como Flash e Lanterna Verde (com mudanças em sua origem e até mesmo em sua identidade secreta), e a criação da Liga da Justiça. Mas desta vez a Marvel responderia à altura.

Stan Lee começou com o Quarteto Fantástico – criado a pedido de Goodman em 1961 para competir com a Liga da Justiça -, mas em rápida sucessão, até 1963, criou Hulk, Thor, Homem-Aranha, Homem-de-Ferro, os Vingadores e os X-Men. Eram heróis mais complexos, para um mundo menos ingênuo. Isso reacendeu a indústria e colocou pela primeira vez a Marvel em condições de competir com a DC.

(Reprodução/Marvel)

Enquanto isso, os heróis invadiam com força total a então nascente televisão. Superman chegou com seu seriado em 1952, com uma transição quase natural dos programas de rádio. Pela primeira vez, um ator se identificaria com o papel: George Reeves. Ele interpretou o herói até 1958, mas teve um fim trágico. Suicidou-se no ano seguinte, chocando o mundo e encerrando a produção da série.

Na década de 1960, foi a vez de Batman tomar de assalto a TV, com uma série escrachada, divertida e surreal, protagonizada por Adam West, como Batman, e Burt Ward, como Robin. O programa durou três temporadas, entre 1966 e 1968. E na década seguinte, o Homem-Morcego voltaria à TV, mas na forma de desenho animado: em Superamigos, produzido em parceria com a Hanna-Barbera, ele e o Menino-Prodígio fariam parte de um grupo similar ao da Liga da Justiça, que reunia também Superman, Mulher-Maravilha e Aquaman, entre outros.

(Reprodução/Divulgação)

O fim da década de 1970 viu a Marvel começando a colocar as manguinhas de fora para arrebentar fora dos quadrinhos, com a série de TV do Hulk.

VOOS CINEMATOGRÁFICOS

Em 1975, o mundo ficou sabendo da penúria pela qual passavam os iniciadores de tudo isso, Jerry Siegel e Joe Shuster. Os dois processaram a National para tentar recuperar os direitos sobre o Superman, mas perderam, em 1948. E aí ficaram na rua da amargura. Quando Siegel ficou sabendo que a Warner ia lançar um filme do Superman, com uma superprodução, se revoltou e escreveu uma carta, divulgando aos quatro ventos como ele e Shuster estavam pobres, enquanto outros ficaram milionários com sua criação.

Para abafar o rolo, a Warner, então já fundida com a DC Comics, decide pagar uma pensão vitalícia aos dois. Superman chega aos cinemas e eleva a popularidade dos heróis a um novo patamar. Aquele foi o embrião da febre dos heróis no cinema, que parece atingir seu ápice nos dias de hoje, quase cinco décadas depois. E é curioso notar que o mundo precisa tanto dos heróis agora como quando eles foram criados. Naquela época, a recessão corria solta e pairava a ameaça de uma guerra. Hoje, a situação não é muito diferente – a maior crise econômica global desde os anos 1930 e o constante medo do terrorismo. Coincidência?

Nos quadrinhos, com 80 anos de vida, esses personagens seguem se reinventando periodicamente. Em setembro de 2011, a DC resolveu arrepiar: cancelou todas as revistas e começou tudo de novo, do zero. Uma tentativa de recuperar o espaço perdido e recapturar a imaginação do público. E certamente essa não será a última decisão radical. Há quase um século, esses personagens têm se adaptado às circunstâncias para preservar sua relevância. E há algo tão elementar neles que nos permite dizer que jamais serão esquecidos.


Linha do Tempo

Entre 1939 e 1941, houve um estouro de criatividade. Tudo motivava novas invenções, que imediatamente caíam no gosto da molecada. Ao ver um funcionário do metrô de Nova York sinalizar para o trem com uma lanterna verde, o desenhista Martin Nodell teve a inspiração para criar o Lanterna Verde, publicado pela All-American Comics. O Flash apareceu naquela época também. E a Mulher-Maravilha foi criada por um psiquiatra que apostava que os quadrinhos deviam ser levados a sério. Seu nome era William Marston, e o sujeito era no mínimo peculiar: é difícil acreditar que o criador de uma heroína progressista e feminista pudesse ser um bígamo que tinha em casa as duas esposas convivendo pacificamente, cada uma com dois filhos dele. Mas eram aqueles os tempos.

(Reprodução/DC Comics)

1934 – CRIME E MULHER
A combinação explosiva figurava em revistas baratas, chamadas pulps, precursoras da indústria dos quadrinhos.

1938 – ACTION COMICS
Superman faz sua primeira aparição na capa da edição inaugural da revista e é um sucesso instantâneo.

MAIO/1939 – BATMAN
Sua primeira aparição aconteceu na revista Detective Comics 27.

JUNHO/1939 – SUPERMAN 
Um ano depois de começar a ser publicado, Superman ganha sua revista.

1941 – CAPITÃO AMÉRICA
Nasce, já em sua própria revista, o maior herói patriótico da história dos quadrinhos.

1946 – SUPERMAN VS. KLAN
O Homem de Aço trava no rádio uma batalha contra um grupo que atacava minorias.

1962 – HULK
Na estreia, o monstro era cinza. Só depois ele viraria verde, como é conhecido até hoje.

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