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Conheça a rotina de trabalho de seis grandes escritores

99% transpiração, 1% inspiração: nem só do talento nascem as grandes ideias

Por Ana Prado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 19 jul 2021, 15h00 - Publicado em 21 set 2017, 13h49

Escritores bem-sucedidos têm algo em comum: desenvolveram rotinas firmes para se tornarem produtivos – seja levantar às 4h da manhã ou intercalar trabalho com exercícios físicos. Conheça algumas dessas rotinas, e inspire-se para criar as suas próprias, seja qual for o seu objetivo.

Foto de Hemingway, de óculos e barba branca, escrevendo à mão em uma mesa de madeira.
(Look Magazine/Wikimedia Commons)

Ernest Hemingway (1899 – 1961), escritor norte-americano que ganhou o Prêmio Pulitzer de Ficção (1953) e o Nobel de Literatura (1954)

“Quando estou trabalhando em um livro ou uma história, escrevo todas as manhãs, logo após a primeira luz possível. Não há ninguém para perturbar e o tempo está sempre mais fresco. Você vem para o trabalho e se aquece à medida que escreve. Você lê o que escreveu antes e continua a partir daí. Você escreve até chegar a um ponto em que sabe o que vai acontecer em seguida. Então para e vai tentar viver até o dia seguinte, quando irá voltar ao trabalho.”

Jovem Stephen King, de topete e óculos grandes, lendo de pé
(Stephen King | Facebook/Divulgação)

Stephen King (1947), escritor norte-americano famoso por histórias de horror fantástico

“Há certas coisas que faço ao me sentar para escrever. Tomo um copo de água ou uma xícara de chá. Sento-me em um determinado horário, entre 8h e 8h30, em algum lugar dentro dessa meia hora, todas as manhãs. Tomo a minha pílula de vitamina e ligo minha música, sento-me no mesmo assento, e os papéis estão todos organizados nos mesmos lugares.”

Foto de Murakami
(wakarimasita/Wikimedia Commons)

Haruki Murakami (1949), premiado escritor japonês, traduzido para mais de 50 idiomas  

“Quando estou trabalhando em um romance, me levanto às 4h da manhã e trabalho por cinco a seis horas. Na parte da tarde, eu corro 10 km ou nado por 1.500 m (ou faço ambos), e então leio um pouco e ouço alguma música. Vou para a cama às 9h da noite.

Eu mantenho essa rotina todos os dias, sem variação. A repetição em si torna-se o mais importante; é uma forma de hipnotismo. Eu me hipnotizo para chegar a um estado de espírito mais profundo. Mas suportar tal repetição por tanto tempo — seis meses a um ano — requer uma boa quantia de força mental e física. Nesse sentido, escrever uma longa novela é como um treino de sobrevivência. Força física é tão necessária quanto sensibilidade artística.”

Joan Didion com a cabeça apoiada nas duas mãos.
(Tradlands/Flickr)

Joan Didion (1934), escritora e jornalista norte-americana 

“Eu preciso de uma hora sozinha antes do jantar, com uma bebida, para repassar tudo o que fiz naquele dia. Não posso fazer isso no final da tarde porque ainda estou muito envolvida com tudo. Além do mais, a bebida ajuda. Ela me afasta das páginas. Eu passo essa hora removendo algumas coisas e adicionando outras. Então eu começo o próximo dia refazendo tudo o que fiz no anterior, seguindo as notas que deixei à noite.

Quando estou realmente trabalhando, não gosto de sair nem ter ninguém para o jantar, senão perco a hora. Outra coisa que preciso fazer, quando estou perto do final do livro, é dormir no mesmo quarto que ele. De alguma forma, o livro não deixa você quando está dormindo bem ao seu lado.”

Simone com um lenço no cabelo. Todas as fotos estão com um filtro laranja.
(Moshe Milner/Wikimedia Commons)

Simone de Beauvoir (1908 – 1986), escritora e ativista feminista francesa e autora de O Segundo Sexo  

“Sempre estou com pressa para começar. Primeiro eu tomo chá e, então, por volta das dez da manhã, começo e trabalho até 1h da tarde. Então vou ver meus amigos e volto ao trabalho às 5h da tarde, seguindo até às nove. No dia seguinte, se o trabalho está indo bem, eu passo de 15 a 30 minutos lendo o que escrevi no dia anterior. Então eu continuo a partir daí.”

Foto de Gibson, de cabelo curto e óculos redondo.
(Frédéric Poirot/Flickr)

William Gibson (1948), escritor americano do movimento cyberpunk, subgênero da ficção científica 

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“Me levanto às 7h, checo meu e-mail e entro na internet. Tomo uma xícara de café. Três dias por semana eu faço pilates e volto entre 10h e 11h da manhã. Então sento e tento escrever. Se absolutamente nada estiver surgindo, me dou permissão para ir cortar a grama. Mas, geralmente, só me sentar e realmente tentar é o suficiente para começar algo. Eu paro para o almoço, volto e escrevo mais. E em seguida, geralmente, um cochilo. Cochilos são essenciais para o meu processo. Não os sonhos, mas aquele estado adjacente ao dormir, a mente ao acordar.

À medida que avanço, o livro vai se tornando mais exigente. No começo, eu trabalho cinco dias na semana, cada dia aproximadamente das 10h às 17h, com uma pausa para o almoço e o cochilo. No final estou trabalhando todos os dias, podendo chegar a 12 horas por dia. 

Perto do fim do livro, o estado de composição está mais complexo, um estado quimicamente alterado que irá embora se eu não continuar dando o que ele precisa. E o que ele precisa é, simplesmente, escrever o tempo todo. O tempo de inatividade que não seja usado para dormir se torna problemático.”

Este conteúdo foi publicado originalmente no livro Seja mais produtivo. Agora, da autora do blog Como as Pessoas Funcionam, Ana Prado.

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