Esse disco-voador não saiu de nenhum filme “B” de ficção científica, mas de uma fábrica russa em Saratov, a 260 quilômetros de Moscou. O projeto começou a ser desenvolvido em 1978 para uso militar. Com o fim da guerra fria, os fabricantes querem utilizá-lo para fins comerciais. O disco, batizado de Ekip L3 (ou Tarielka, “disco” em russo), pode se locomover na terra e na água. Como i5 os barcos aircraft, usados na travessia do Canal da Mancha, entre a França e a Inglaterra, ele e sustentado por colchões de ar. Lev Shukin diretor do projeto, que em 1975 coordenou a Soyuz Apollo, primeira missão espacial feita em conjunto por americanos e soviéticos, sonha com discos luxuosos: hotéis voadores, com restaurantes e cabines privadas, que possam acomodar confortavelmente 2 000 pessoas, voando a 750 quilômetros por hora, pouco menos que um jato da Boeing.
O projeto, financiado pelo governo russo, precisa de investimentos de um bilhão de dólares, para entrar em produção industrial. Um protótipo operado por controle remoto foi testado com sucesso em Moscou, no ano passado. Um outro modelo, capaz de carregar 18 passageiros, será testado ainda este ano.