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Em Casa – Yes, nós somos exóticos

O Brasil também tem lugares, festas e pratos bem insólitos. Confira o top 10 de esquisitices nacionais

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h50 - Publicado em 19 Maio 2012, 22h00

1. Em terra de cobra quem tem pé não é rei (Ilha da QueiImada Grande, SP)
Só desce nesse pedaço de terra do litoral sul de São Paulo quem tem autorização do ICMBio e da Marinha. E bons motivos – como ser um pesquisador disposto a estudar as cobras venenosas da espécie jararacailhoa que habitam a ilha (até cinco delas por metro quadrado). O negócio é tão grave que a ilha foi eleita pelo site The List Universe como um dos 10 lugares do mundo que você não vai querer visitar. https://igre.me/63vAM

2. Castelo di Bivar (Carnaúba Dos Dantas, RN
Se for viajar pelo interior do Rio Grande do Norte, inclua no roteiro esse castelo em estilo medieval no meio do sertão potiguar. A construção começou nos anos 1980, quando o proprietário José Ronilson Dantas assistiu ao épico El Cid. A obra não foi concluída, mas dá para admirar a fachada e assistir a apresentações musicais.

3. Bizâncio Baiano (Mucugê, BA)
Além de cachoeiras poderosas, a Chapada Diamantina abriga o único cemitério de inspiração bizantina no Brasil, com mausoléus de colunas e criptas abobadadas – influência de comerciantes de diamante turcos que passaram por ali. As lápides são do século 19, quando um surto de varíola atingiu a região.

4. A capital dos gêmeos univitelinos (Cândido Godói, RS)
Enquanto na população mundial a incidência de gêmeos é de 0,5%, em Linha São Pedro, zona rural de 6 mil habitantes, o número chega a 18%. Em março, pesquisadoras da UFRGS explicaram o mistério. Ao contrário da lenda urbana, a culpa não é do médico nazista Josef Mengele, que passou por lá nos anos 60. O que explica o fenômeno é uma variação de um gene que dá maior sobrevida aos óvulos que originam gêmeos. https://www.candidogodoi.rs.gov.br

5. Corda santa (Belém, PA)
O Círio de Nazaré, tradição de dois séculos, atrai mais de 2 milhões de fiéis – que se apertam para ajudar a carregar a imagem de Nossa Senhora de Nazaré. A santa vai em uma berlinda puxada por uma corda de 400 metros de comprimento, num percurso de 3,6 quilômetros. https://www.ciriodenazare.com.br

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6. Olhe para seu prato
Podemos achar estranhos alguns hábitos alimentares de outros povos, mas a cozinha brasileira também tem sua cota de receitas e ingredientes que nem todo forasteiro seria capaz de encarar – e, dependendo de seu desprendimento, você também não, caro compatriota. Que tal um caldinho de turu, molusco parecido com um verme que vive em árvores podres da ilha do Marajó? Vai uma formiguinha aí? Nem é preciso ir até a Amazônia: elas também são parte da dieta no Vale do Paraíba. Na farofa de formiga-saúva ou içá, o destaque é a bundinha da rainha, mais saborosa porque é recheada de ovas de formiguinhas.

7. Monte perdido (Pacaraima, RR)
A maior parte dos brasileiros sequer lembra que o Monte Roraima existe, mas ele está lá, no norte do país, marcando a fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana. O primeiro a chegar ao topo foi o botânico inglês Everard Im Thurn, em 1884. Seus relatos de que haveria criaturas pré-históricas lá no alto motivou o escritor Arthur Conan Doyle, criador de Sherlock Holmes, a escrever o livro O Mundo Perdido. Quem encara a caminhada de três dias até o topo comprova a balela: só pequenos animais e insetos além de bromélias carnívoras se adaptam àquela altitude.

8. O sonho americano na Amazônia (Fordlândia, PA)
Henry Ford, o criador da linha de montagem, nunca pisou aqui, mas que tentou fazer um braço de sua companhia às margens do rio Tapajós. A construção de um polo de produção de látex para fabricar pneus começou em 1928. Dos EUA veio uma equipe para projetar as fábricas e uma cidade – batizada de Fordlândia. O terreno e o plantio errado comprometeram os seringais. Até que mais tarde, o látex deu lugar à borracha sintética. A Ford amazônica fechou depois de 18 anos, e a Fordlândia acabou coberta pelo mato. Para visitá-la pegue o barco em Santarém para Aveiro. Leva 12 horas.

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9. Favelatour (Rio de Janeiro, RJ)
Pode parecer estranho, mas muitos estrangeiros se embrenham na rocinha, a maior favela do rio, em busca de altas emoções. o passeio leva três horas (com parte do roteiro feita a pé), custa r$ 65 e as operadoras garantem que é 100% seguro. https://www.favelatour.com.br

10. Uma ilha de albinos em pleno trópico (Ilha Dos Lençóis de Cururupu, MA)
A família de pescadores espera a noite para jogar as redes – foge do sol escaldante porque faz parte dos 3% da população sem melanina que vive nessa ilha – é a maior comunidade albina do mundo. A explicação é a baixa diversidade genética, resultado do isolamento e da pequena população da ilha.

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