Adriana Küchler
Enterro em cemitério não está com nada, diriam o guru psicodélico Timothy Leary e o criador da série Jornada nas Estrelas, Gene Roddenberry. A moda agora é mandar restos mortais para o espaço, da mesma forma que esses dois.
Se depender da empresa norte-americana Celestis (www.celestis.com), em breve a Via Láctea vai ser orbitada por vários satélites recheados de restos de corpos cremados. “Pegamos carona nas missões que vão para o espaço. Vamos aonde eles estão indo”, diz o presidente da Celestis, Chan Tysor. O próximo lançamento está marcado para maio no Cazaquistão.
Para passar a eternidade dando voltas pela Terra (ou 156 anos, o tempo previsto para a viagem do satélite russo Kosmos I), os “passageiros” pagam 995 dólares para enviar 1 grama de cinzas. Sete gramas custam 5 300 dólares.
E o melhor é que esse serviço começa a ser oferecido aos brasileiros a partir de abril. E por quem entende do ramo: Celso Sepulvida, vereador e dono de funerária em São Caetano (SP). Ele será o responsável por enviar os restos tupiniquins em cápsulas até a Celestis, de onde serão mandados direto em direção às estrelas.