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Finalmente, estamos todos de acordo: temos que nos preocupar com as mudanças climáticas

Os cientistas do clima já sabiam do perigo das mudanças climáticas desde os anos 1970, mas uma campanha de desinformação por muito tempo espalhou dúvidas pelo mundo. Não mais: uma nova pesquisa comprova que já temos um consenso global.

Por Denis Russo Burgierman
Atualizado em 4 nov 2016, 19h02 - Publicado em 18 nov 2015, 17h45

Uma pesquisa realizada em 40 países pelo Pew Research Center revelou que o mundo todo já tomou consciência de que as mudanças climáticas causadas pelo homem são uma realidade e de que precisamos nos preocupar com elas. Em todos os países, a maioria da população concorda com o estabelecimento de limites de emissões de gases de efeito estufa – essa é a opinião de 69% dos americanos, 71% dos chineses, 77% dos nigerianos, 88% dos brasileiros. 54% das pessoas globalmente concordam que as mudanças climáticas são um problema muito sério, e 51% acham que elas já começaram a causar danos.

Os dados são uma novidade. Por muito tempo grandes fatias da população de vários países tinham dúvidas, muitas delas alimentadas por uma campanha de desinformação sobre o assunto, disseminada por polemistas profissionais, às vezes com patrocínio da indústria do petróleo. A tomada de consciência parece se dar num momento em que a crise ambiental já é paupável em boa parte do mundo, com grandes secas e outros eventos climáticos extremos.

O Brasil apareceu com destaque na pesquisa, com os maiores índices globais de preocupação – talvez porque aqui a água esteja batendo na bunda (ou a falta dela). As grandes secas do país, previstas há anos pelos cientistas, mas solenemente ignoradas pelos políticos, parecem ter ajudado a conscientizar a população. A América Latina toda lidera o mundo em conhecimento do problema, o que pode estar ligado à severidade da crise ambiental na região. Infelizmente, alguns dos países menos preocupados estão entre os maiores emissores de gases de efeito estufa – é o caso de Estados Unidos, Austrália e Rússia.

Veja aqui a porcentagem da população de cada país que acredita que a questão é muito séria:

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O negacionismo das mudanças climáticas parece estar cada vez mais restrito a grupos minoritários fortemente ideológicos. Por exemplo, entre os republicanos dos EUA, apenas 20% acham que as mudanças climáticas sejam um problema muito sério.

A pesquisa foi divulgada às vésperas da Conferência Climática de Paris, a 21a reunião global de líderes para discutir o tema e procurar soluções. Tradicionalmente essas reuniões são imensas decepções, com países reconhecendo o problema mas se dispondo a fazer quase nada para resolvê-lo. Espera-se que, com a tomada de consciência global da questão, esse quadro mude.

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