Por que os fósseis são encontrados sempre em rochas sedimentares como a calcárea?
O fóssil é um animal ou planta morta que ficou preso entre as rochas por um longo período, como se fosse o recheio de um sanduíche. Graças a essas camadas protetoras, as bactérias que fazem a degradação não conseguem atacá-lo e o fóssil fica conservado. “As rochas sedimentares são as que melhor aprisionam os seres orgânicos”, diz o paleontólogo Reinaldo Bertini, da Universidade Estadual de São Paulo, em Rio Claro. Existem três tipos de rochas: as sedimentares, as metamórficas e as magmáticas. A última é formada pela lava dos vulcões. Se uma planta ou animal cair nela enquanto ainda estiver mole, será torrado porque a temperatura é alta. Uma vez consolidada, não pode envolver o fóssil.
As metamórficas são formadas pela modificação de outros tipos de rocha. O movimento da crosta manda um pedaço de pedra para as camadas inferiores da Terra e, graças à alta pressão e à temperatura, elas voltam com uma cara diferente. Os fósseis não resistem porque essa transformação apaga qualquer vestígio que um animal ou planta tenha deixado. As rochas sedimentares formam-se pela deposição de partículas de outras pedras, trazidas pela água dos rios, mares e pelo vento. Um animal morto ou planta pode ser recoberto por sucessivas camadas de sedimentos, resistindo, bem conservado, à deterioração do tempo (veja o infográfico).
A longa existência do peixe fossilizado
Veja como um esqueleto fica aprisionado na rocha.
1 – Um peixe morre e fica estendido no fundo do rio onde nadava.
2 – Sedimentos trazidos pela água se depositam sobre ele.
3 -Formam-se sucessivas camadas sobre o animal.
4 -Depois de séculos, o fóssil mantém a aparência perfeitamente petrificada. As marcas deixadas nas rochas sedimentares identificam as características do peixe.