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Labirinto embaralhado

Uma paciência em que a habilidade pode vencer a má sorte

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h52 - Publicado em 22 jul 2009, 22h00

Luiz Dal Monte Neto

Na maioria dos jogos de baralho para um só jogador, ou seja, as velhas paciências, pelo menos uma parte das cartas fica oculta, impiedosamente embaralhada no maço, ou virada sobre a mesa. Se está numa ordem favorável, ou não, a partida dirá. Nesses casos, o melhor que se tem a fazer é raciocinar probabilisticamente, para aumentar as chances de vitória.

Há, porém, algumas paciências em que, desde o início, a sorte – ou o azar – se mostra de corpo inteiro. Nelas, o jogador pode traçar sua estratégia sem incertezas, conhecendo de antemão a posição de todas as cartas. Um bom exemplo desse tipo de jogo é o maze (labirinto), que alguns consideram a melhor paciência já inventada – o que é, sem dúvida, um exagero. Mas, embora seja pouco divulgada, é preciso reconhecer que ela está entre as mais interessantes.

Maze é jogado com um baralho completo do qual se retiram previamente os curingas. Após embaralhar bem o maço, o leitor deve dispor oito cartas enfileiradas sobre a mesa, com a face para cima. Em seguida, mais oito numa segunda fileira, abaixo da primeira. Depois, mais quatro fileiras, cada uma de nove cartas. O resultado será um quadrado de seis por nove cartas, com a falta de duas no canto superior direito (cujas vagas estão indicadas na figura pelos números 2 e 4). Para terminar, retiram-se os quatro ases, que não serão utilizados, deixando mais quatro espaços vagos.

O leitor verá que maze tem um mecanismo que lembra mais os quebra-cabeças de blocos deslizantes – um exemplo é o taquin, em que se devem ordenar quinze quadradinhos numerados, dentro de uma caixa – do que os procedimentos habituais das paciências mais populares. O objetivo do jogador é pôr as 48 cartas em seqüência numérica e agrupadas por naipe. Se conseguir, terá vencido. O leitor decide, depois de examinar a mesa, qual a ordem em que os naipes irão se suceder, mas depois deverá manter-se fiel a essa escolha.

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Digamos, para exemplificar, que a escolha tenha sido ouros, espadas, copas e paus. Então, a carta do canto superior esquerdo deverá ser o dois de ouros e a do canto inferior direito, o rei de paus. Entre uma e outra, deverão ficar em ordem crescente, no sentido de leitura (da esquerda para a direita e de cima para baixo), as onze cartas de ouros restantes, depois as doze de espadas, em seguida as doze de copas e, por último, as onze restantes de paus. Entre elas, naturalmente, haverá seis vazios, que não importam para o jogo.

Para movimentar as cartas, o leitor pode levantar uma por vez, à sua escolha, e colocá-la num dos seis espaços vazios. Entretanto – e esta é a regra fundamental -, ela só pode ser instalada imediatamente à direita de uma do mesmo naipe e valor um ponto abaixo, ou imediatamente à esquerda de outra do mesmo naipe e valor um ponto acima. A exceção fica por conta dos dois, que também podem ser postos à direita de qualquer rei, independentemente dos naipes. Já os reis só podem ir para a direita das suas respectivas damas.

Um espaço vazio no fim de uma fileira é considerado adjacente (pela sua direita) à carta da extremidade oposta da fileira de baixo. Igualmente, um espaço vazio no início de uma fileira é considerado adjacente (pela sua esquerda) à carta da extremidade oposta da fileira de cima. Também a carta do canto inferior direito é considerada adjacente à do canto superior esquerdo. Se houver dois espaços vagos lado a lado, só um poderá ser ocupado por vez. Se houver três ou mais nessa situação, os do meio terão de esperar que se preencham os das pontas.

Na figura, por exemplo, seria possível levar para o espaço 1 o oito de ouros ou o sete de copas; para o 2, o valete de ouros ou o oito de espadas; para o 3, o rei de copas ou o nove de paus; para o 4, o rei de paus ou o nove de espadas; para o 5, o sete de ouros ou o dez de ouros; para o 6, o oito de espadas ou o cinco de copas.

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