Um tiranossauro seria exagero – mas uma bactéria de 40 milhões de anos talvez possa ser literalmente ressuscitada pelos milagres da engenharia genética. O primeiro passo será recompor os genes que compunham a hereditariedade de um micróbio que, no interior de um inseto, atravessou os milênios preservado em âmbar. “Estamos muitos perto de reconstruir o primeiro gene de um bacilo que se hospedava no intestino de uma abelha”, apostam os pesquisadores George Poinar e Raúl Cano, que já haviam manipulado, pelo menos, os mais antigos genes já vistos, os de um besouro de 120 milhões de anos. Depois de reconstruir os genes. Poinar e Cano pretendem inseri-los, um de cada vez, num organismo vivo, “até não restar nada dos genes modernos”. Ou seja, o micróbio antigo terá ressuscitado. As dificuldades serão imensas, advertem outros pesquisadores. Mas poucos duvidam que o resultado, possível, merece o esforço.