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Lugares Remotos – O fim do mundo é aqui

Por diferentes motivos, estas paragens são extremos do planeta. ou estão em eterno conflito com o tempo

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h45 - Publicado em 19 Maio 2012, 22h00

Alô, alô, marciano
O rio Tinto, na Andaluzia, espanha, tem fama milenar. É vermelho por sua riqueza em ferro, e por isso foi exploradO por fenícios, gregos, cartagineses, romanos – seriam ali as minas do Rei Salomão, diziam. Hoje, O solo e a água ricos em enxofre, como em marte, estão sob a mira da ciência: o ph ultra- ácido da água (de 1,7 a 2,5) só permite a vida de certas bactérias. para os estudos sobre vida extraterrestre, aqui é a fronteira.

Os primeiros da fila
A ilha de Tuvalu, no Pacífico Sul, vive um paradoxo: desde novembro de 2010 (até o fechamento desta edição) não chove pra valer por lá. A seca fez o governo decretar estado de emergência. Ao mesmo tempo, a nação convive com a ameaça de ser tragada pelo aumento do nível dos oceanos – é a nação mais baixa do mundo, com altitude máxima de 5 metros. A previsão de ongs como a Action Bioscience é que em 50 anos Tuvalu estará submersa. O povo está fugindo: os quase 12 mil cidadãos de 2003 já são hoje 10 500. Num discurso memorável, o ex-primeiro ministro Saufatu Sapoaga mensurou a aflição nacional: “as alterações climáticas para o meu país não são diferentes de uma forma lenta e insidiosa de terrorismo”.

A verdadeira terra do sol nascente
A disputa para saber quem seria o primeiro a ver o nascer do sol do novo milênio, de 1999 para 2000, fez o governo de Kiribati, na Polinésia, recorrer a uma solução inovadora. Até janeiro de 1995, o arquipélago era dividido ao meio pela linha internacional de data, marco imaginário onde um dia acaba e começa o seguinte. O governo decidiu “mover” a linha algumas centenas de quilômetros a leste para colocar o horário de todas as ilhas em sintonia. Isso fez que uma ilha no extremo leste do atol – apropriadamente rebatizada de ilha do Milênio – fosse a primeira a ver o amanhecer em 1º de janeiro de 2000. Antes da mudança, Kiribati estava no fuso horário -11 e -10 – agora está na posição +13 e +14 à frente de Greenwich. É o único lugar do mundo com GMT maior que 12. Curioso é que o vencedor da competição do amanhecer do milênio acabou perdendo o primeiro sol do ano para a Antártica. No verão austral, o sol raiou em setembro de 1999 – e em 1º de janeiro de 2000 seguia brilhando sem se pôr.

Metade da população numa foto
Borá, no interior de São Paulo, é a cidade menos populosa do Brasil. São apenas 805 habitantes, segundo o Censo Demográfico de 2010. Parece pouco, mas, para os 48 moradores das ilhas Pitcairn, trata-se de uma multidão. Essa nação da Polinésia, território ultramarino britânico, tem a menor população do mundo segundo dados de julho de 2011 do World FactBook da CIA. Foi aqui que se instalaram os 18 marinheiros amotinados do navio britânico Bounty, em 1767, depois que despacharam o capitão William Bligh de bote Pacífico afora – a história inspirou o filme O Grande Motim, com Marlon Brando. Trazendo nativas de outras ilhas a tiracolo, eles bem que deixaram descendentes: a população já chegou a mais de 200, mas muita gente não segurou a onda e migrou para a Nova Zelândia. Afinal, lá não há aeroporto nem porto. Durante anos, bebida e festas foram proibidas (desde 1991, dá para comprar uma licença e importar umas biritas). Celebrações religiosas, em compensação, têm aderência total: 100% dos moradores são adventistas do sétimo dia. E acreditam tanto no potencial turístico da ilha que criaram um site. Para chegar, só de carona em algum cargueiro. Evite dezembro a março, época de chuvas e tufões. https://www.visitpitcairn.pn

Isto é longe
Para uma experiência de isolamento hardcore, pegue o primeiro cargueiro para Tristão da Cunha, no Atlântico Sul. Edimburgo dos 7 Mares, a capital da ilha, é a cidade mais isolada do planeta – fica a 2 170 quilômetros da cidade mais próxima, Santa Helena (por sua vez, também fica numa ilha). Nesse protetorado britânico, 262 súditos da rainha vivem da pesca de lagosta e da confecção de selos. Nas horas vagas, bebem – cada morador entorna, em média, 1 litro de uísque por semana. Se quiser ir mesmo para lá, o cargueiro sai da Cidade do Cabo. E é preciso tirar visto.

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