Gustave Flaubert
NOME ORIGINAL_Madame Bovary (França)
EDIÇÃO NO BRASIL_ Nova Alexandria; 1993
DO QUE TRATA
Casada com um médico de província, a frívola Emma passa os dias lendo romances. Para escapar do tédio, põe em prática o que aprendeu nos livros e inicia casos extraconjugais. Ela tenta deixar o marido para viver com um amante, mas é rejeitada e adoece. Descobre ter arruinado financeiramente o marido graças ao seu luxuoso estilo de vida. Suicida-se com arsênico.
QUEM ESCREVEU
Filho de um médico de província e dono de terras, Flaubert (1821-1880) começou a escrever ficção após ser reprovado na universidade de Direito. Sofrendo com ataques de epilepsia, decide se isolar. Participou do círculo literário francês, que contava, entre outros, com Emile Zola e George Sand.
POR QUE MUDOU A HUMANIDADE
Essa obra-prima do realismo provocou escândalo na França, sobretudo devido à ausência de uma explícita condenação moral aos atos da protagonista traidora. Processado por ofensa à moral e à religião, Flaubert proferiu diante do tribunal a célebre frase: “Emma Bovary sou eu”, numa defesa ao direito de expressão. O romance é também uma contundente crítica ao idealismo romântico, numa narrativa que procura a perfeição da forma e a riqueza de detalhes.