Milionário coração de pedra
Gabi Tolkowski, lapidário de Antuérpia, na Bélgica, acaba de dar forma ao maior diamante lapidado por técnicas modernas do mundo.
Lapidar um diamante pode justificar a origem do seu batismo – a palavra nasceu do grego adamas, que significa inconquistável, indomável. Há quase um século, os lapidários se debruçam sobre o diamante atrás de novas técnicas para extrair dele o maior brilho. Gabi Tolkowski, lapidário de Antuérpia, na Bélgica, acaba de dar forma ao Centenário, o maior diamante lapidado por técnicas modernas do mundo.
Extraído há três anos na mina Premier, a 100 quilômetros de Joanesburgo, África do Sul, a pedra bruta pesava 599 quilates (120 gramas) e ocupou três anos de trabalho da equipe Tolkowski, entre pesquisa é lapidação. Quase metade do diamante sobreviveu ao polimento manual, feito com um disco de aço poroso e uma mistura de óleo e pó de diamante. Para o retoque final, foi usado raio laser no corte e na angulação das saliências, dando à pedra o formato de coração. Graças à perda de pedra bruta menor do que nas técnicas convencionais, o Centenário ocupa a terceira colocação no ranking das maiores gemas já lapidadas da história, superado apenas pelo Cullinan I (530,2 quilates) e pelo Cullinan II (317,4 quilates), originários do maior diamante bruto já extraído, o Cullinan (3106 quilates).