PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

O Brasil indiano

Fort Cochin, Kerala, Índia: 514 anos de uma ligação criada pelos navegadores portugueses e alimentada até hoje pela cultura brasileira

Por Edu Cavalcanti
Atualizado em 31 out 2016, 18h50 - Publicado em 7 dez 2014, 22h00

Pés de jaca sombreiam as ruas. O cheiro de caju se espalha no ar. As plantações de borracha se esticam rumo ao interior, com um ou outro elefante andando entre as seringueiras. Não fosse o paquiderme, poderíamos estar no Brasil. Mas isso é Kerala, Estado do sul da Índia que tem uma conexão com o País criada faz tempo, graças aos navegadores portugueses. A ligação é ainda mais evidente na localidade litorânea de Fort Cochin, onde Pedro Álvares Cabral foi recebido com honras pelos líderes locais em dezembro de 1500. Durante a estada, membros de sua esquadra plantaram sementes colhidas na Bahia. Por conta disso, hoje Kerala produz 90% da borracha indiana.

A influência fincou raízes na cultura. Estabelecimentos comerciais têm nomes portugueses, como as pousadas Linda e Casa Maria. O idioma local, malayalam, tem palavras como janela, cadeira e capela. Aliás, existem capelas e igrejas por todo lado. Na de São Francisco de Assis, onde Vasco da Gama foi enterrado, há um brasão do clube carioca homônimo.

O futebol goza de um carinho especial nesse canto do país do críquete. Campinhos de várzea são ocupados nos fins de semana. Quem joga muito bem é chamado de Pelé. Motoristas de autorriquixá, aquele característico meio de transporte de três rodas asiático, acompanham a carreira de Neymar. A torcida por ele é tanta que a população local se solidarizou com sua contusão na Copa. Em julho, o ministro da Saúde da Índia chegou a ser contatado por médicos de Kerala, que estudaram o caso para oferecer um tratamento de medicina ayurvédica ao jogador. Uma vértebra fraturada que deixa esses indianos ainda mais brasileiros.

– Há voos de São Paulo e Rio para Cochin. Se estiver em outro lugar da Índia, o trem é boa opção.
Continua após a publicidade

 

QUANDO – De dezembro a fevereiro, com menos chuvas e menos calor. Ou de junho a agosto, quando as monções deixam a região mais verde.

Publicidade


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.