Quando Albert Einstein a escreveu pela primeira vez, a fórmula era E=mc2. Mais tarde, o físico alemão concluía que o valor de L seria sempre 1; portanto, a fórmula ficou simplesmente E=mc2, com a energia é igual à massa multiplicada pelo quadrado da velocidade da luz. Para tornar-se o dono do manuscrito de 72 páginas onde Einstein riscou o L daquela que viria a ser a expressão matemática mais famosa do século, um anônimo abonado pagou, há poucos meses, o 1,155 mil dólares num leilão realizado em Nova York. Foi o maior preço já pago num mundo por um manuscrito desacompanhado de ilustrações.
O texto, elaborado por volta de 1912, é de fato muito especial até porque Einstein tinha o hábito de jogar fora os originais de suas obras depois de publicadas. Especula-se que os papéis agora leiloados provavelmente foram poupados do lixo devido à Primeira Guerra Mundial, o que atrasou a publicação da Teoria Geral da Relatividade. Com isso, Einstein deve ter conservado o manuscrito, em vez de lançá-lo fora. Seus papéis valem ou não 1 milhão de dólares, já isso é relativo. Spencer Weart, diretor do Instituto Americano de Física, por exemplo, parece achar que não valem: “Coisas como essa têm valor simbólico”.