Rádioastrônomos ingleses descobriram um dos mais rápidos pulsares já observados pelo homem. A cerca de 16 mil anos-luz da Terra, ou seja 4 mil vezes mais distante que a estrela mais próxima, Alfa de Centauro, ele emite ondas de rádio com uma freqüência de 327 ciclos por segundo. Encontrados pela primeira vez em 1967, os pulsares foram durante certo tempo um dos grandes mistérios da astronomia. Hoje se sabe que se originam a partir da explosão de supernovas.
Quando uma estrela explode em supernova, lança ao espaço grande parte de sua massa. A massa restante se comprime violentamente, devido à atração gravitacional. Quanto mais a matéria se comprime, mais rapidamente ela gira – pela mesma razão que, ao fazer uma pirueta, uma bailarina aumenta sua velocidade ao aproximar os braços do corpo. Esse giro rapidíssimo faz com que os pulsares emitam sinais de rádio – daí o nome, que vem do inglês pulsating radio source (fonte de rádio pulsante). A regularidade do sinais é tanta que, a partir deles, é possível medir o tempo com mais precisão do que com qualquer relógio da Terra. Conhecemos atualmente cerca de 500 pulsares.