A Europa mais uma vez se curva diante do Brasil. O mais novo aditivo usado por uma empresa francesa na construção de edifícios é sangue – uma velha prática no interior brasileiro. Misturado a derivados da celulose, obtidos dos resíduos da fabricação de papel, e devidamente desidratado, o sangue torna o concreto mais resistente à ação da água. O segredo está nas proteínas, que reagem com o concreto formando bolhas de ar pequenas e uniformes. Com outros aditivos, obtêm-se bolhas grandes, que tornam o material poroso e propenso a rachaduras. No interior do Brasil, costumava-se usar sangue de animais, argila e cal no lugar de cimento, um dos materiais que formam o concreto.