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Pirâmides financeiras – Quer perder dinheiro? Pergunte-me como

Elas são as fênix das finanças: parecem mortas, mas sempre renascem. Entenda como as pirâmides enriquecem meia dúzia e quebram multidões.

Por Cristine Kist e Alexandre Versignassi
Atualizado em 3 fev 2020, 19h22 - Publicado em 29 jun 2014, 22h00

Você abre um negócio: a Quéops Empreendimentos. E vai atrás de sócios. Arranja cinco. Cada um pagou R$ 10 mil para estar na jogada com você. Mas não é o bastante. Então você pede para que cada um deles arranje mais cinco sócios cada. “Quem conseguir vai ter o nome gravado aqui, nesta placa de marfim. Para sempre”, você diz. E os caras, motivados pelas suas palavras inspiradoras, conseguem mesmo. Você termina com 25 sócios novos. Então paga R$ 10 mil para cada um dos cinco sócios-fundadores. Todo mundo fica contente: cada um deles embolsa um retorno total do investimento logo de cara. E você, o chefe da coisa toda, acaba com R$ 200 mil para investir na Quéops.

Mas espera um pouco. Se deu para levantar R$ 200 mil tão rápido, por que não fazer outra rodada de recrutamento de sócios? Aí você dá uma palestra para aqueles 25 que acabaram de entrar e pede para que eles chamem mais cinco sujeitos cada um: “E quem conseguir vai ganhar uma cadeira vitalícia no conselho diretor!”. Como você é um gênio da motivação, dá certo de novo. Só que agora a escala é outra, de gente grande: a operação rende R$ 1.250.000.

Você, que além de gênio é generoso, distribui R$ 300 mil de bônus para a sua diretoria toda, que agora tem 30 pessoas (os cinco primeiros e os 25 que vieram depois). Cada um leva R$ 10 mil. Os 25 sócios mais recentes acham lindo: mal entraram para a Quéops e já conseguiram retorno. Mas bom mesmo fica para aqueles cinco originais. Eles levantam mais R$ 10 mil cada um, dobrando o investimento inicial. E dessa vez sem fazer nada. Poderiam ter ficado em casa assistindo Video Show que teriam ganhado 100% de retorno do mesmo jeito. Uau.

Mas bom mesmo está para você. Sobrou quase R$ 1 milhão na sua mão. Um empresário comum pegaria esse dinheiro e investiria em equipamentos e funcionários. Mas você não é um empresário comum. É um gênio. Descobriu que isso de “equipamentos e funcionários” é coisa para losers: o que dá dinheiro mesmo é conseguir mais sócios. A maior prova de que isso não tem erro? Seus próprios sócios! Eles mesmos estão ganhando mais do que conseguiriam em qualquer outro tipo de investimento. E o melhor: conforme a notícia do dinheiro fácil se espalha por aí, fica cada vez mais fácil amealhar gente. Ser sócio da Quéops vira uma ambição coletiva. As pessoas começam a pedir dinheiro emprestado só para poder entrar nessa.

Fica tão fácil que a sua “terceira geração” de sócios, os 125 sujeitos que aqueles 25 tinham trazido, acabam puxando cinco sócios novos cada um sem fazer força. Resultado: um faturamento bruto de R$ 6,25 milhões. A essa altura, a diretoria já conta com 155 pessoas (os cinco primeiros, os 25 da segunda geração e os 125 da terceira). Pagando os R$ 10 mil de bônus para cada um, você gasta R$ 1,55 milhão. Uma bela grana, mas ainda sobram R$ 4,7 milhões e uns quebrados para você. Limpos. E só com os quebrados já dá para comprar um Porsche. Tudo sem que a Quéops tenha saído do papel, ou mesmo vendido qualquer produto. O grande lance dela, no fim das contas, é arrumar cada vez mais sócios pagantes. Em pouco tempo, os sócios do topo da pirâmide ficam milionários. E você, o criador, bilionário – e idolatrado pelas multidões que estão triplicando, quadruplicando o dinheiro delas com você.

Bom, o que você leu até agora é o que os economistas chamam de “modelo”, uma aproximação simplificada da realidade. Uma aproximação para explicar como funciona um esquema de pirâmide financeira. O irônico é que, apesar de isso ser um modelo, ele é modesto em comparação com o que acontece na vida real. É o que vamos ver agora.

Matematicamente inviável

Quando chegou ao Acre em novembro passado, o empresário Carlos Costa teve uma recepção digna de Neymar. Assim que desembarcou, ele foi ovacionado por centenas de pessoas que se espremiam no aeroporto Plácido de Castro para registrar o momento com câmeras de celular. Carlos Costa foi um dos responsáveis por trazer a TelexFree para o Brasil. Ele foi a Rio Branco (receber o carinho do público e) participar de uma audiência de conciliação com o Ministério Público, que desde março acusa a empresa de operar um esquema de pirâmide. Uma estimativa sugere que 70 mil dos 700 mil habitantes do Acre se envolveram com a TelexFree de alguma forma – um indicador de que o Ministério Público talvez esteja certo.

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Naquele modelo que você acabou de ler, o da Quéops, a empresa não produzia nada. Na vida real, as pirâmides até vendem alguma coisa. Mas geralmente é só fachada. São produtos que elas fazem questão de não vender. O economista Samy Dana explica: “Vender um produto dá trabalho, requer investimento em compra de máquinas, embalagens e malha logística. A pirâmide geralmente possui produtos invendáveis, seja pelo fato de não existirem ou pelo fato de não terem preços competitivos”.

Sem fazer dinheiro com nada concreto, as pirâmides geralmente vão muito bem até dar de cara com uma lei da natureza: a finitude das coisas. No caso, de gente disposta a pagar para virar sócio. Na nossa empresa fictícia, a quarta geração de sócios já é um grupo de 625 pessoas; a seguinte, mantendo a taxa de crescimento, seria de 3.125, depois 15.625… Uma hora a fonte seca.

E é aí que a pirâmide torce a base. “Esse tipo de negócio é matematicamente inviável”, diz Dana. As últimas gerações da pirâmide provavelmente vão ficar no prejuízo, já que não devem conseguir as pessoas necessárias para recuperar o que investiram. E, como o número de associados tende a crescer exponencialmente, as últimas gerações podem representar quase 90% da pirâmide inteira. Essa multidão só terá servido para encher os bolsos dos 10% dos andares de cima. E para ter doado mansões de praia para quem termina com o grosso do dinheiro: o 1% do topo, o pessoal que estava no esquema desde o começo. “Alguns poucos, que são os geradores desse movimento, saem no lucro. E eles deixam que um pequeno número de pessoas inocentes também ganhe para demonstrar aos outros membros que existe chance de enriquecer”, resume Fabio Gallo, professor de finanças da FGV.

Usando o método Carlos Drummond de Andrade, dá para deixar mais claro: João indicou Tereza que indicou Maria que indicou Joaquim que indicou Lili que não encontrou ninguém para indicar e ficou no prejuízo. Só que as Lilis são a grande maioria nessa história, que começou há um século.

Ponzi, o homem do esquema

Foi um conterrâneo de Silvio Berlusconi o responsável por bolar o primeiro esquema de pirâmide da história. Charles Ponzi era um dos muitos imigrantes italianos pobres que chegaram aos Estados Unidos no início do século 20. Depois de passar um tempo na pior, ele descobriu que podia tirar uma graninha com cupons postais internacionais. Esses cupons podiam (e ainda podem) ser comprados nos correios de qualquer país e trocados por selos no exterior. Na época, Ponzi descobriu que os cupons comprados na Europa eram mais baratos que os selos vendidos nos EUA. E começou a fazer o óbvio: importar cupons baratinhos da Europa para trocar por selos americanos e embolsar a diferença. Até aí, beleza.

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O problema só começou de verdade quando ele decidiu chamar mais gente para o negócio. Na teoria, esses novos investidores estavam dando dinheiro a Ponzi para que ele comprasse os cupons, trocasse pelos selos e devolvesse uma parte da diferença, em troca desse financiamento. Mas ele não estava comprando (e muito menos vendendo) nada. Simplesmente pagava os investidores mais antigos com a grana aplicada pelos recém-chegados. Parece idiota. É idiota. Mas, como vimos, dá dinheiro a rodo. E Ponzi ficou multimilionário. Virou até acionista de banco.

O sonho acabou quando um jornal começou a questionar o modelo de negócio da empreitada. Segundo o tal jornal, para que Ponzi conseguisse pagar tudo o que devia aos investidores, mais de 150 milhões de selos precisariam estar circulando nos Estados Unidos. Mas só existiam 27 mil. No fim das contas, muita gente perdeu dinheiro, o italiano foi preso e até hoje, nos EUA, as pirâmides não chamam “pyramids”, mas “Esquemas de Ponzi”. Curiosamente, depois de ser libertado e mandado de volta para a Itália, Charles Ponzi resolveu tentar a vida em um outro país: o Brasil. Acabou morrendo pobre, mas seu legado foi de muita serventia para meia dúzia de malandros brasileiros.

No início dos anos 2000, mais de 40 mil pessoas que não entendiam nada de avestruzes investiram na compra e venda de avestruzes só porque uma empresa prometeu lucro de 7% ao mês. A empresa em questão era a Avestruz Master, que realmente tinha frigorífico e alguns avestruzes em Goiás. Só que o lucro deveria vir da exportação dos bichos, e a Avestruz Master não tinha autorização para exportar nada. O juiz responsável por decretar a falência da empresa chegou a dizer em uma entrevista que “nem em cem anos o Brasil consumiria carne de avestruz o suficiente para tornar a empresa viável”.

Também já virou um clássico a fatídica propaganda das Fazendas Reunidas Boi Gordo protagonizada pelo ator Antônio Fagundes. Durante os intervalos da novela Rei do Gado, em 1996, Fagundes aparecia na TV todo galante falando maravilhas sobre a rentabilidade da empresa e mandando ver um: “Faça como eu. Invista com a Boi Gordo”. Investir na Boi Gordo, pelo menos na teoria, significava investir na engorda de bois e receber o lucro obtido com a venda dos animais no fim do contrato. A rentabilidade prometida era de 42% em um ano e meio. Parecia um ótimo negócio, tanto que mais de 30 mil pessoas colocaram dinheiro nele – e a maior parte ficou no prejuízo quando a fraude veio à tona, em 2004. Foi nesse ano que as retiradas dos velhos investidores finalmente superaram os depósitos dos novos e a empresa quebrou, deixando uma dívida de R$ 2,5 bilhões no mercado.

O Estado Pirâmide

O caso da TelexFree é mais complicado que os da Boi Gordo e da Avestruz Master, tanto que a empresa ainda está sendo julgada e não foi oficialmente configurada como um esquema de pirâmide. A principal diferença entre o modelo de negócio da TelexFree e o chamado marketing multinível (quando a empresa oferece seus produtos por meio de vendedores que não são funcionários, como fazem Avon e Natura, por exemplo) é que, no marketing multinível, a indicação de terceiros é só um extra, e o lucro mesmo vem da venda dos produtos. Já no sistema da TelexFree, o produto, um pacote VoIP – sistema que permite fazer ligações telefônicas pela internet -, aparentemente não era tão importante assim. É que mesmo que o sujeito conseguisse vender 20 pacotes VoIP por mês (cada um custa US$ 49,90), ele tiraria no máximo US$ 998, enquanto os recrutadores (aqueles empenhados em conseguir novos “divulgadores”, como a empresa prefere chamar os investidores) podiam receber um bônus de US$ 39 mil. Pelo seguinte: além da venda dos pacote VoIP, existia um outro jeito de tirar uma grana, que era só publicar anúncios em sites de classificados gratuitos. Dizia a empresa que isso revertia em acessos para o site e, assim, mais gente acabaria conhecendo e comprando os pacotes.

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Bom. Para ter o direito de publicar os anúncios, o sujeito tinha que pagar uma “taxa de adesão” de até US$ 1.375. Quem escolhia pagar o valor mais alto tinha direito a publicar cinco anúncios por dia e recebia US$ 100 por semana pelo serviço – um lucro de mais de R$ 9 mil em 12 meses. E agora vem o pulo do gato: cada associado era incentivado a indicar duas pessoas para a organização. Esses dois novos membros indicavam outros dois, que indicavam outros dois, e o primeiro membro recebia 2% de comissão sobre as publicações de todos os membros da pirâmide até o sexto nível. Aí já viu: ele não precisava fazer nada, só cruzar os braços e esperar a mágica acontecer. Outro indício de que o esquema é piramidal: desde junho de 2013, a TelexFree está proibida pela Anatel de vender seu VoIP (por irregularidades técnicas). A empresa sempre afirma e reafirma que tira seu faturamento da venda desses sistemas, não da adesão de “divulgadores” pagantes. Curiosamente, mesmo proibida de vender, a TelexFree começou a patrocinar o Botafogo do Rio no começo deste ano.

A própria economia capenga do País pode ter sua parcela de responsabilidade pela explosão da TelexFree. Nosso cenário econômico está um tédio: a renda fixa mal paga a inflação e a Bolsa virou um investimento tão seguro quanto a Tele Sena. Isso deixa milhares de mentes e corações abertos a promessas de enriquecimento rápido. “Quando as pessoas veem poucas possibilidades e aparece uma oportunidade atraente, elas acabam embarcando”, diz Fabio Gallo. De fato. Tanto que países inteiros que sofriam com condições parecidas com essas acabaram caindo na armadilha das pirâmides. A Albânia foi um deles.

Piada de albanês

O país só aderiu ao capitalismo nos anos 90, e o período de isolamento econômico tornou os albaneses presas fáceis para golpistas, já que eles não tinham lá muita familiaridade com o sistema financeiro. A transição do comunismo para o capitalismo até que foi rápida, mas não se constroem bancos de um dia para o outro. E na Albânia do início dos anos 90, só três bancos – todos estatais – concentravam 90% dos depósitos, e mesmo eles não dispunham de um grande limite de crédito. Foi nesse contexto que surgiram as primeiras empresas informais de crédito. E elas inclusive eram vistas com bons olhos pelo governo, já que incentivavam o crescimento de uma economia que ainda engatinhava, e, por tabela, acabavam financiando os próprios partidos.

Algumas dessas empresas eram pirâmides puras, sem nenhum ativo real. Outras até tinham investimentos de fato, mas no final também acabaram virando pirâmides. Uma parte delas investia em contrabando para a antiga Iugoslávia, que naquela época ainda sofria com sanções da ONU. Nem precisa dizer que esse não era um investimento lá muito confiável. Quando as sanções foram suspensas, em 1996, as empresas albanesas perderam toda sua fonte de renda. Para evitar uma debandada geral, elas resolveram aumentar (?) as taxas de juros pagas aos investidores. Aí já viu: em poucos meses, 2 milhões de pessoas aderiram aos esquemas e investiram mais de US$ 1 bilhão nas pirâmides.

Quando o Fundo Monetário Internacional começou a levantar suspeitas sobre o modelo de negócio dessas empresas, o presidente da Albânia veio a público em defesa delas e fez com que a população acreditasse que o FMI estava tentando boicotá-las por pura maldade. Mas aí pouco tempo depois uma delas acabou falindo e levou todas as outras junto. O governo se recusou a ressarcir os investidores, e uma guerra civil logo tomou conta do país – mais ou menos dois terços dos albaneses tinham investido nas pirâmides. Duas mil pessoas morreram, e o presidente foi obrigado a renunciar. Quando o governo interino assumiu, a indústria estava temporariamente paralisada e a moeda local tinha se desvalorizado 40% em relação ao dólar.

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Ficou a lição: ainda que os bancos não ofereçam taxas de juros muito convidativas, são opções mais seguras do que qualquer oportunidade infalível de ganhar muito em pouco tempo. Para Samy Dana, o grande milagre do ganho fácil quase sempre vem acompanhado de uma grande mentira: “Não faz sentido alguém que não consegue encontrar um emprego que pague R$ 2 mil por mês achar que vai ficar rico com pirâmide. A maior chance de a pessoa enriquecer é ela fazer aquilo que faz de melhor, seja em um escritório ou em uma borracharia”.

É uma cilada, Bino

Como saber se você não está embarcando em um esquema de pirâmide:

1. Verifique se o produto possui mesmo consumidores finais (que não sejam só os próprios vendedores). Se não tiver, saia correndo.

2. Pesquise se o produto é competitivo, ou seja, se possui uma relação entre preço e qualidade de acordo com os padrões do mercado. Se os concorrentes forem mais fortes, sinal amarelo.

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3. Desconfie de ganhos rápidos e fáceis – nenhuma empresa dobra de valor com facilidade e por um período duradouro.

A pirâmide mais cara da história

Todo mundo já ouviu falar em Bernard Madoff, o empresário americano que operava um “fundo de pensão” multibilionário direto de seu escritório em Wall Street. Madoff passou décadas pagando juros altíssimos aos seus riquíssimos investidores (entre eles, o diretor Steven Spielberg e os bancos Santander e HSBC), e só foi pego depois que os próprios filhos o entregaram à polícia. Eles estranharam que o pai seguisse pagando juros astronômicos quando não era capaz nem de manter as próprias contas em dia.
Madoff estava acima de qualquer suspeita. “Ele era um cara de muita credibilidade, que se relacionava bem, já tinha sido presidente da Nasdaq e era amigo de gente importante, tanto na área financeira quanto na indústria cultural”, diz o professor Fabio Gallo. Por tudo isso, os fiscais nunca cogitaram bater na porta do seu escritório (quem montaria um negócio de fachada justo em Wall Street?) para perguntar quais eram os investimentos tão lucrativos que ele fazia. No auge, seu esquema chegou a operar mais de US$ 50 bilhões. Eventualmente, o próprio Madoff confessou que usava o dinheiro dos investidores mais novos para pagar os mais antigos. Em 2009, ele foi condenado a mais de 150 anos de prisão.

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