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Plásticos para toda obra

Insatisfeita com o que a natureza oferece, a indústria se volta para substâncias sintéticas.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h48 - Publicado em 31 out 1999, 22h00

Os primeiros plásticos datam da segunda metade do século XIX. Eram, soube-se depois, polímeros, isto é, materiais formados por longas cadeias moleculares. Mas ninguém sabia direi-to o que fazer com eles e, além disso, os produtores tinham dificuldade em controlar sua cor e sua resistência.

Enfim, em 1907, o químico e empresário belga Leo Baekeland (1863-1944), radicado nos Estados Unidos, chegou a um plástico que levaria seu nome, a ba-quelita. Logo a baquelita se tornou muito popular, substituindo com vantagens madeiras, pedras, couros e metais – materiais, em geral, caros – usados em todos os ramos da indústria.

Mas Baekeland, à primeira vista, ficou muito surpreso ao abrir uma panela de pressão industrial em seu laboratório de quintal. No fundo do recipiente havia uma pasta dura, meio transparente e, como percebeu depois, extremamente moldável. O que fazer com aquilo?

Ele precisou ainda de dois anos para pesquisar as propriedades de sua descoberta. Então, apresentou os resultados de seu trabalho na reunião anual da Sociedade Americana de Química. Fundou sua própria empresa para produzir e licenciar o novo material que ele mesmo batizou. Foi um sucesso.

De lá para cá, a química já desenvolveu dezenas de novos plásticos, e eles são usados em praticamente tudo – botões de camisa, chips de computadores, automóveis e até naves espaciais. Material que enfurece os ecologistas por levar muito tempo até se desintegrar, os plásticos estão entrando em uma nova era, politicamente correta. Os chamados bioplásticos, ou polímeros biodegradáveis, são feitos com uma mistura de velhos polímeros, amido e proteínas. Em contato com o meio ambiente, desintegram-se em poucos anos, diferentemente dos plásticos comuns, que podem resistir séculos sem se reincorporar à natureza.

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Fibras ópticas conduzem a luz

Em 1977, as fibras ópticas (foto) foram usadas pela primeira vez para transmitir os impulsos telefônicos. Mas foi só na década de 80 que surgiu a sua versão moderna, na forma de um fiozinho transparente, à base de plástico ou vidro, no qual a luz pode percorrer grandes distâncias, mesmo quando a fibra é entortada ou enrolada. Acoplada à luz laser, esse binômio está revolucionando as transmissões de dados.

Ao se movimentarem em fios de cobre, os elétrons que formam a corrente elétrica vão trombando com os núcleos e com outros elétrons. O resultado é que parte da energia do sinal a ser transmitido vai se perdendo na forma de calor. Esse fenômeno, chamado efeito Joule, é um inconveniente para o desenvolvimento de computadores mais velozes. Sendo assim, fibras ópticas estão substituindo os fios de cobre nos chamados computadores ópticos, nos quais, em vez de correntes elétricas, usam-se pulsos de luz.

Das escovas de dentes às pernas da mulher

Além do desenvolvimento da primeira borracha sintética, o químico americano Wallace Hume Carothers (1896-1937) tem em seu currículo a invenção de um material que mudou a moda e muitos objetos do cotidiano. Em 1934, o náilon ainda era conhecido como fibra 66, por ter seis átomos de carbono em cada extremidade da molécula. De início, serviu para a fabricação das cerdas de escovas de dentes, mas tornou-se mesmo popular no início da década de 40, quando foi usado como matéria-prima para meias femininas. O sucesso foi tanto que 4 milhões de pares foram vendidos num só dia nos Estados Unidos. Com a II Guerra Mundial, toda a produção de náilon se voltou para a fabricação de pára-quedas, cordas e outros equipamentos militares. Meias de náilon eram dificílimas de arrumar. Dizia-se na época que um simples par era suficiente para comprar a afeição de uma mulher. Carothers não teve a chance de ver o sucesso de sua fibra sintética. Maníaco-depressivo, suicidou-se em 1937.

Atualmente

A palavra-chave na indústria de ponta é compósito, o material preferido para bicicletas de competição. A grande qualidade desses materiais é a leveza e a resistência. Os compósitos são resultado da união entre cerâmicas, polímeros, metais e fibras de vidro ou de grafite, tudo envolvido por uma matriz de epóxi ou de alumínio.

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