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Por que algumas pessoas simplesmente não gostam de música?

Quem canta nem sempre seus males espanta.

Por Felipe Germano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 5 jan 2017, 19h23 - Publicado em 5 jan 2017, 17h29

Você passa os seus dias em silêncio absoluto? Nunca chega em casa e liga um som para relaxar? Não entende por que raios as pessoas choram em shows? Calma, apesar do que podem ter dito, você não é a única pessoa do mundo que não liga para música. Na verdade, a ciência criou até um nome para qualificar sua condição; você tem anedonia musical.

Não confunda isso com aquela sua tia que odeia pagode, mas ama o especial do Roberto Carlos. Quem tem anedonia não curte música, independente da afinação ou do estilo da canção. O causador disso tem um nome complexo: núcleo accumbens. Trata-se de uma parte específica do cérebro que controla os disparos de dopamina. O núcleo se conecta a outras partes do cérebro responsáveis por captar estímulos externos e os converte em sensação de prazer. É ele que faz você se sentir bem ao comer uma refeição gostosa, transar ou, na maioria dos casos, ouvir música.

Só que o núcleo de quem tem anedonia funciona de maneira diferente. Pesquisadores da Universidade de McGill, no Canadá, descobriram que os cérebros menos sensíveis à música possuem uma atividade menos intensa entre o núcleo e o córtex (que é responsável por perceber estímulos auditivos). Isso não significa, porém, que essas pessoas têm mais dificuldade em sentir prazer durante outras atividades. Os canadenses perceberam que a dopamina era disparada pelo sistema nervoso quando pacientes com anedonia ganhavam dinheiro, por exemplo.

Apesar da característica não estar na maioria da população, pessoas com anedonia estão longe de estarem sozinhas. Acredita-se que até 5% da população mundial não sinta prazer ao ouvir música – isso equivale a mais de 350 milhões de pessoas, um Brasil e meio de pessoas não-musicais.

Estudar os não tão apaixonados por música pode ajudar a ciência a resolver questões complexas e sérias. Pesquisadores acreditam que analisar esse tipo de comportamento frente do núcleo accumbens pode ser a chave para entender melhor o autismo, por exemplo – já que estudos relacionam pacientes autistas com a inabilidade de sentir prazer ao ouvir vozes humanas. .

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