Não há quem não conhece a sensação de esquecer uma palavra, fica – puxa, como é mesmo? – na ponta da língua. Essa situação tão corriqueira é usada por psicólogos ingleses para entender como a mente traduz pensamentos em palavras. Segundo eles, o fenômeno da “ponta da língua” ocorre quando uma palavra errada chegar em primeiro lugar, bloqueando o acesso da palavra correta. Palavras com som parecido – em português mandinga ele mendiga, por exemplo – costumam dar a sensação de que a expressão correta está na ponta da língua; já palavras com significados parecidos – como cheio e lotado – não provocam o mesmo.
Com isso, os psicólogos retiraram da memória e uma das mais antigas teorias de como a mente associa uma certa palavra a um significado: primeiro, o cérebro selecionaria um modelo de palavra, formado pela letra inicial e número de sílabas; depois, examinando esse grupo com mesmo perfil sonoro, a mente escolheria o vocábulo correto. Ouvir uma palavra com um som parecido ao da que se deseja lembrar o que inibe a segunda etapa do processo.