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Seu nariz é um termômetro de stress

A temperatura do seu nariz indica se você está trabalhando em excesso.

Por Ana Carolina Leonardi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 23 jan 2018, 10h11 - Publicado em 23 jan 2018, 10h10

Sua carga de trabalho pode estar pegando fogo – mas seu corpo está gelado por dentro. Ou pelo menos parte dele. É o que pesquisadores da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, descobriram: a temperatura do seu nariz indica quando você está estressado e trabalhando demais.

Um narizinho gelado, segundo eles, não é só sinal de que o ar condicionado do escritório está muito forte. Pode indicar também que você está trabalhando demais.

Por incrível que pareça, a pesquisa foi feita pelo Instituto de Tecnologia Aeroespacial – mais especificamente, por um grupo que estuda o Fator Humano nas aeronaves. Ou seja: são os caras que se preocupam com o piloto (e buscam formas de evitar que ele faça besteira e ponha todo mundo em risco).

Eles estavam tentando encontrar quais são os sinais físicos de que o corpo emite quando você está encarando uma demanda excessiva no trabalho. Para isso, expuseram voluntários a tarefas progressivamente desafiadoras e exigentes em termos de concentração.

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Enquanto isso, eles acompanhavam uma série de indicativos corporais do estresse: alteração no tamanho da pupila, aceleração de batimentos cardíacos, respiração e temperatura da pele.

O mais complicado é que eles precisavam de um indicador não invasivo, que pudesse acompanhar o nível de estresse de um piloto sem atrapalhá-lo. Acompanhar a pupila era tranquilo em laboratório – mas eles queriam usar uma tecnologia que pudesse ser reproduzida dentro do cockpit. Foi assim que eles tiveram a ideia de usar câmeras térmicas para tirar “selfies” dos voluntários.

As fotos foram processadas por algoritmos de inteligência artificial, que encontraram uma relação entre a temperatura do rosto dos participantes e o quão estressados e sobrecarregados eles estavam.

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Os melhores indicadores eram o nariz e a região dos seios da face. Quanto mais exigente era a tarefa, mais gelado o nariz deles ia ficando.

“A relação direta entre carga de trabalho e temperatura corporal foi muito impressionante, além de contraintuitiva – não esperávamos ver o rosto ficar mais frio. Com esse método preciso para estimar carga de trabalho, podemos desenvolver métodos para ajudar os operadores [de vôo] em momentos de máximo stress”, explicou Alastair Campbell Richie, um dos membros do grupo de pesquisa, em um comunicado à imprensa.

Faltam ainda explicações claras de porque o fenômeno acontece. De acordo com a pesquisa, quando uma tarefa exige foco total, a respiração também é alterada, indicando que a mudança pode ser causada pelo sistema nervoso autônomo. Outra hipótese dos cientistas (que ainda precisa ser testada) é que, com a maior dificuldade da tarefa e o esforço cognitivo necessário para lidar com ela, o fluxo sanguíneo se redireciona para longe do rosto e em direção ao cérebro – algo similar ao que acontece quando você termina de comer e o sangue se concentra na região do estômago durante a digestão. Seja quais forem as causas, uma coisa é certa: seu estresse, meu caro, está na cara.

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