Você provavelmente nunca ouviu falar das ondas de Rossby. São quase impossíveis de ver porque têm apenas 10 centímetros de altura e, em compensação, mais de 500 quilômetros de comprimento. São tão lerdas que podem levar uma década para atravessar o Atlântico, da África ao Brasil (veja o infográfico abaixo). Mesmo assim, as oscilações oceânicas têm força para mudar as correntes e o clima em escala mundial. Existe até um estudo mostrando que as ondas de Rossby estariam ligadas, de alguma forma, às tremendas inundações de 1992 na região central dos Estados Unidos. Por isso causou impacto uma medida recente indicando que as ondulações estão deslizando duas vezes mais depressa do que deveriam. Em outras palavras, a ignorância sobre elas ainda é grande, e isso precisa mudar. “Quem quiser entender os oceanos, é bom descobrir um jeito de explicar essa velocidade extra”, disse à SUPER o oceanógrafo americano Dudley Chelton, da Faculdade de Ciências Oceânicas e Atmosféricas, outor das medidas.