O Centro Nacional de Pesquisa Científica da França acaba de divulgar as primeiras fotos da cripta de Constanta, na Romênia, um dos mais bem-conservados acervos funerários de origem romana da região do Mar Negro. A tumba foi encontrada pelos arqueólogos romenos Constanti Chera e Mihail Bucovala em 1989, o conturbado ano da queda do ditador Nicolae Ceausescu, e está sendo considerada uma prova contundente de que a presença romana naquele país foi mais intensa e duradoura do que se imaginava.
Datada do século IV d.C., ela faz parte de uma necrópole destruída nas últimas décadas por obras de construção civil. Para os técnicos, só um milagre pode explicar que ela e seu tesouro um grande mural, em perfeito estado, retratando a cena de um banquete rural tenham escapado ao mesmo destino. O problema agora é que, desde que foram desenterradas, as preciosas pinturas ficaram expostas à ação corrosiva do ambiente. E é pouco provável que combalido governo romeno possa preserva-las se não tiver ajuda internacional.