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13 lições inesquecíveis de professores da ficção

Senhor Miyagi, Mestre Yoda, Walter White, Girafales. Com vocês, a série de legados que o corpo docente da fantasia deixou para a humanidade. E o salário, ó!

Por Ana Carolina Leonardi
Atualizado em 4 nov 2016, 19h14 - Publicado em 17 jun 2016, 19h45

Walter White – Breaking Bad
“Tecnicamente, a química é o estudo da matéria. Mas eu prefiro pensar nela como o estudo da mudança.”

É difícil pensar em Walter White como professor – ele durou pouco tempo nessa profissão durante a série. Mas em um dos poucos momentos que assistimos Walter dando aula, ele solta essa bela frase. E ninguém imaginou que com ela, ele estaria resumindo tudo o que vinha pela frente na série. Afinal, o que é Breaking Bad senão o estudo da mudança?

Senhor Miyagi – Karatê Kid
“Primeiro aprenda a ficar de pé para depois aprender a voar”

Mestre Miyagi diz que não ensina lições de karatê, e sim lições de vida (fofo!). Quando Daniel vai até ele para aprender a lutar, a primeira etapa das aulas do senhorzinho é a paciência. Frustrando o adolescente com tarefas chatas como encerar carros e lixar o assoalho , ele mostra o quão longe Daniel poderia chegar com humildade e trabalho duro – e também que pintar cercas – para cima e para baixo, pulso firme! – são o melhor treino para um golpe certeiro.

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John Keating – Sociedade dos Poetas Mortos

“Não importa o que digam, palavras e ideias podem mudar o mundo.”

O professor John Keating é exatamente o oposto da Academia Welton, onde ele começa a lecionar. O colégio preza pelo tradicionalismo. Keating valoriza, acima de tudo, a mudança. A uniformização e a ordem são padrões da Welton, enquanto o personagem passa o filme todo cultivando a diversidade entre os seus alunos e estimulando que cada um deles encontre sua própria voz.

Em uma época em que a adolescência não existia e a criança passava à fase adulta com seu futuro decidido pelos pais, ele os incita a  buscar novos caminhos e fugir de destinos pré-determinados. A sementes que o professor planta no filme florescem, tanto entre os alunos quanto entre os telespectadores – ninguém termina de assistir a essa performance de Robin Williams sem se sentir diferente.

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Dewey Finn – Escola de Rock
“Você não é hardcore a não ser que viva de um jeito hardcore.”

Dewey Finn está longe de ser o profissional exemplar. Para começar, ele nem é professor – falsifica sua identidade para tirar uma grana como substituto, mas ao invés de dar aulas, forma uma banda com as crianças.

Problemas à parte, o personagem de Jack Black dá autonomia aos alunos, ensina trabalho em equipe com perfeição, além de dar às crianças o direito de se expressar e sentir que a opinião delas importa – o que na infância está longe de ser comum.

Um dos melhores discursos do professor é feito para Tomika, uma aluna negra e gorda, que não se encaixa no padrão das outras crianças:

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-Tomika, você já ouviu falar de Aretha Franklin? Ela é uma mulher grande. Mas quando ela canta, ela sopra a mente das pessoas! Todo mundo quer festejar com Aretha! Sabe quem mais tem um problema de peso? Eu!
-Por que você não faz uma dieta?
-Porque eu gosto de comer!

Quem estuda na Escola de Rock de Dewey, se forma com diploma em autoaceitação.

Ms. Norbury – Meninas malvadas
“Parem de chamar umas as outras de vadias. Isso só faz com que os meninos se sintam no direito de chamar vocês de vadias”.

A professora de Meninas Malvadas teve que lidar com alunos na fase mais irritante da vida, um divórcio e um rumor de que ela era traficante de drogas. Mas ela ainda arranjou tempo para dar uma das aulas mais antigas da cultura pop sobre machismo e slut-shaming. Dá para entender porque a atriz Tina Fey continua entre as rainhas da comédia feminista.

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Mark Thackeray – Ao mestre com carinho
“Eu acredito que se deve lutar por aquilo que acredita – desde que tenha certeza de que o que acredita é certo.”

Não podia faltar o filme de professor que deve ter batido o recorde de maior número de lágrimas. Um clássico sobre esse tema – ainda que um pouco cafona – o filme mostra um drama que não é incomum entre os professores da vida real: se sentir capacitado em excesso para dar aulas a um grupo de adolescentes que não dão a mínima.

O que o Senhor Thackeray ensina é que toda solução vem de um comprometimento dos dois lados: entendendo de onde vem a agressividade dos alunos, ele estabelece regras estritas, mas se abre para discutir qualquer tema que a sala tivesse vontade de conhecer melhor. Temas polêmicos como raça, desigualdade social e política acabam todos dissolvidos no cuidado com que o professor trata os adolescentes. Thackeray é um exemplo de endurecer sem perder a ternura.

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Girafales – Chaves
“Enquanto tiverem os livros nas mãos, serão pessoas honradas, serão gente de bem, em outras palavras, serão como eu.”

Não é só em filme cabeça que o professor ensina a importância da leitura. O já saudoso Professor Girafales leciona de gramática a matemática, ensina por exemplo a forma cortês de aceitar um cafézinho e, acima de tudo, forma o caráter dos alunos. Pena que, se tratando da Vila, as crianças prefiram abrir mão da honra do que se tornarem Linguiças, quer dizer, Girafales.

Bill – Vantagens de Ser Invisível
“Aceitamos o amor que pensamos merecer”.

A única pessoa a quem Charlie pede conselhos – e livros – é o Sr. Anderson. Professor de inglês e escritor frustrado, Bill Anderson é um retrato muito mais sincero do que é ser adulto do que a imagem de fantasia de outros filmes que focam em adolescentes. Ele é um bom conselheiro e passa segurança para Charlie nessa fase atribulada. Mas muita coisa dá errado na vida de Bill: o seu maior sonho, de ser publicado e viver em Nova York, nunca acontece. A mensagem dele é exatamente essa: nem tudo vai dar certo, mas dá para ser feliz mesmo assim.

Yoda – Star Wars
“Faça ou não faça. Tentativa não há”.

Yoda nem precisa falar nada para ensinar muito: ao contrário do que possa parecer, um dos seres mais poderosos do universo fica dentro de um corpo pequeno, velho… e, bem, verde. Mas quando ele de fato fala, enquanto treina Luke Skywalker como Jedi, é uma bomba atrás da outra. Enquanto Luke carrega o mestre nas costas, você reflete sobre como o medo e o orgulho limitam nosso potencial. E também que, com grandes poderes, não vem, necessariamente, grandes habilidades culinárias.

Germain Germain – Dans la maison
“É muito fácil destacar o pior de alguém para que as pessoas medíocres se sintam superiores e o ridicularizem. O difícil é se aproximar dos personagens sem condená-los de antemão”

Esse filme muda um pouco os paradigmas desta lista: aqui, o aluno é o motor da mudança que transforma a vida do professor. Germain estava perdido na rotina quando encontra um talento incrível para a escrita em um dos seus alunos que facilmente teria passado batido por ele. Mas nada é tão bom que não possa melhorar: o professor é responsável por refinar a habilidade bruta de Claude, contra a resistência do menino. Pena que, nesse caso, o feitiço se volte contra Germain… O resto já é spoiler.

Severo Snape – Harry Potter
“Discipline a sua mente!”

Esse você não esperava encontrar por aqui. Dos professores de Hogwarts, Snape pode não ser o mais justo, mas está entre os melhores. Ele se comprometeu a proteger Harry Potter discretamente durante seus seis anos de escola e foi quem o ensinou a proteger a mente contra Voldemort usando legilimência. Snape também foi o único a criticar abertamente o plano de Dumbledore de manter Harry desinformado sobre certos segredos. Mas a lição principal que aprendemos com Snape é que, mesmo depois de tanto tempo… Algumas coisas duram para sempre.

Professor Tibúrcio – Rá Tim Bum
“Até logo, classe!”

Se alguns desses professores trouxeram lições de vida, inspiraram os espectadores ou fizeram todo mundo chorar, o Professor Tibúrcio te explicou que ter aula nem sempre é chato. Tibúrcio, com sua aparência de cientista maluco vestido para a formatura, contava para as crianças exatamente o que elas queriam saber – como sabemos que o sorvete é doce e o limão é azedo? – usando palavras simples e ciência de verdade. Se você estava entre as crianças que odiavam a escola (e são muitas), aprendia com ele sem nem perceber – e, no dia seguinte, queria mais.

Raimundo – Escolinha do Professor Raimundo
“E o salário, ó!”

É difícil escolher só uma frase do professor que mais produziu bordões na televisão brasileira. Raimundo ensinou que nossos erros têm consequências (“Vou lhe dar um zero!”), que é preciso respeitar a opinião alheia (“Para de dar pitaco nas respostas de seus colegas!”) e que é bom estar sempre pronto para dar a melhor resposta (“Não complica, explica!”). Mas, acima de tudo, ele foi o primeiro a te fazer pensar que os professores não ganham tanto quanto deveriam para passar por tanto perrengue.

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