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4 motivos para ver (e 4 para não ver) o novo filme do Tarantino

Os Oito Odiados chega aos cinemas nesta quinta-feira (7) e está dividindo opiniões. Escolhemos 4 pontos do filme que vão te impressionar e 4 meio decepcionantes para você saber o que esperar do longa.

Por Felipe Germano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 mar 2024, 08h50 - Publicado em 7 jan 2016, 16h45

Quentin Tarantino dispensa apresentações. Com uma carreira que começa com Cães de Aluguel (1992), passa por Pulp Fiction (1994) e ainda incluí Kill Bill (2003) e Bastardos Inglórios (2009), é inevitável que um novo título em seu currículo gere expectativas – das mais altas. É esse o sentimento desta quinta-feira (7), dia de estreia da mais recente obra do diretor, Os Oito Odiados, nos cinemas brasileiros.

Na trama, oito personagens se veem presos dentro de uma cabana em meio à uma nevasca no período pós guerra civil dos Estados Unidos, criando um ambiente de tensão onde qualquer um pode começar a atirar. É o segundo faroeste seguido, depois de Django Livre (2012) “Quando fiz Django, nunca havia filmado um faroeste. Então, escrevi o roteiro de Odiados e pensei ‘Finalmente vou saber o que estou fazendo!’”, brincou o diretor em sua entrevista coletiva em São Paulo.

O esperado filme começou a ficar conturbado antes mesmo do primeiro dia de gravações. O roteiro vazou. Tarantino não gostou nada disso, cancelou a produção e resolveu encenar a trama em uma única apresentação no teatro do Museu de Artes de Los Angeles, em abril de 2014. Os comentários positivos acabaram convencendo o diretor a de fato filmar a história, e quatro anos depois de seu último filme, finalmente todos podem ver algo novo. A pergunta, no entanto, é: a espera valeu a pena? Separamos 8 motivos (4 que te instigam e outros 4 que te desapontam) para você decidir se vai ver o novo longa, ou assistir Star Wars pela quinta vez mesmo.

LEIA: Uma hora com Tarantino

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Quatro razões para VER o filme

1. Visualmente é um filme muito bonito

Apesar de usar basicamente apenas um cenário (a cabana onde se passa a maior parte do longa) o filme é um dos mais bonitos de Tarantino para se assistir. A neve branca contrastando com os elementos selecionados pelo diretor e o sangue iluminado pela luz de velas ficam particularmente agradáveis na tela de cinema.

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2. A trilha sonora é incrível

Composta por Ennio Morricone, a música do filme completa perfeitamente as cenas. Destaque para a abertura que dá todo o tom do filme enquanto na tela é exibida a imensidão de neve que cerca os personagens. Tarantino afirmou que as músicas chegaram antes das câmeras começarem a rodar. “Morricone leu o roteiro e falou que queria fazer uma música. Mais tarde me ligou falando que tinha composto a trilha inteira. Não tínhamos filmado nenhuma cena ainda”.

3. Os personagens são fortes

Com a exceção de Bob, os outros “odiados” são muito bem construídos. Cada um tem seu motivo para ver o mundo com a amargura que dá o tom para o longa. Ninguém é bonzinho, não dá para confiar em ninguém, e as reviravoltas pessoais tem sentido dentro da trama. Tudo isso é o que faz o filme valer a pena.

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4. É um Tarantino

Não adianta, as mesas de bar serão tomadas por gente que acabou de sair do cinema. Não ver esse filme pode te deixar meio deslocado no próximo mês. Mais importante que isso é que temos que aceitar algo: Um filme do Tarantino é um filme do Tarantino, que mesmo quando não consegue estar entre suas cinco melhores produções, está entre as cinco melhores produções do ano. 

Quatro razões para NÃO ver o filme

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1. O começo do segundo ato é chato

Simples assim. Depois que os personagens são apresentados e a tensão inicial que motiva o filme é estabelecida, a coisa esfria. Os monólogos realizados pelos personagens deixam de ser interessantes e, durante cerca de 30 minutos, você pode chegar a questionar se alguém na sala caiu no sono. É o momento em que se pergunta: as quase três horas de filme eram realmente necessárias?

2. O personagem latino é o estereótipo pelo estereótipo

Todos os personagens ali têm características marcantes que contribuem para o crescimento da trama. Isso é ótimo. Major Marquis Warren, interpretado por Samuel L. Jackson, é um bom exemplo – atual caçador de recompensas e ex-membro do exército americano, têm suas principais decisões guiadas pela maneira que enxerga o racismo -. São estereótipos iniciais que vão sendo desfeitos ao longo do filme. O problema é que um personagem não cumpre isso: Bob, o mexicano interpretado por Demián Bichir. O personagem gira em torno do estereótipo do imigrante latino, e em momento nenhum são apresentadas novos conceitos que ajudam a descontruir a ideia. Pelo contrário, a trama só estimula o preconceito em torno do personagem. Nada bom.

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3. É uma peça filmada – e isso limita

O fato de ter de volta um Tarantino com longos diálogos, como em Pulp Fiction muito legal, porém é perceptível a falta de adaptação entre a peça encenada para o público e o filme que chega aos cinemas. Em uma peça é complicado você explodir alguém, ou detonar um cenário inteiro, por exemplo, fatos que não seriam  empecilhos para um filme de grande. Oito Odiados não reproduz nada que não poderia ser feito nos teatros, e, por ficar preso aos palcos, um filme não aproveita os recursos que Hollywood pode trazer.

4. Você pode se decepcionar

Se você ainda está animado com Bastardos, e deu uma caída com Django, não tenho boas novidades. Definitivamente é um filme divertido, com cenas memoráveis, mas os problemas já citados ajudam a construir um cenário não muito animador. Talvez Odiados não supra sua saudade daquele filme do Tarantino. Ir ao cinema com expectativas altas demais, pode trazer uma certa decepção.

Para quem ainda não se decidiu, segue o trailer: 

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