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5 motivos para assistir a “O Gambito da Rainha”

A nova sensação da Netflix já é a minissérie mais vista da história da plataforma. Se você ainda está em dúvida, aqui vão alguns motivos para dar uma chance à obra – e, quem sabe, ao xadrez.

Por Bruno Carbinatto
Atualizado em 2 dez 2020, 18h54 - Publicado em 30 nov 2020, 19h47

O xadrez existe há mais de 15 séculos e é jogado por milhões de pessoas ao redor do mundo, mas continua com a fama de ser um esporte intelectual, complexo e sisudo. Uma nova produção da Netflix, porém, está ajudando a desconstruir esses preconceitos – e elevando o esporte na cultura pop.

Lançada no final de outubro, O Gambito da Rainha (The Queen’s Gambit) já se tornou a minissérie mais assistida da história da Netflix. Mais de 62 milhões de casas pelo mundo maratonaram a série em seus primeiros 28 dias na plataforma. Os sete episódios são baseados na ficção do livro de mesmo nome escrito por Walter Tevis e publicado em 1983. Na trama, acompanhamos a vida e a evolução de Elizabeth Harmon, uma jovem órfã que, na década de 1950, se torna um prodígio do xadrez ainda criança. Ao longo dos anos, a jornada da jogadora é marcada por uma ascensão rápida e impressionante, ao mesmo tempo que enfrenta traumas antigos e vícios autodestrutivos.

O título da série se constrói sobre alguns significados interessantes; em termos gerais, “gambito” é uma palavra que pode significar uma artimanha ou manobra para vencer o adversário. No contexto do xadrez, o termo se refere a uma estratégia em que se sacrifica uma de suas peças para conseguir vantagens posteriormente o jogo. Já “Rainha” é o nome informal que damos à peça dama, a mais poderosa do tabuleiro de xadrez. As interpretações quanto ao nome da obra também podem ser aplicadas a própria vida da protagonista – mas não vamos dar spoilers nesse texto, é claro.

1 – Anya Taylor-Joy (e outras atuações incríveis)

Com apenas 24 anos, a atriz americana Anya Taylor-Joy já tem uma carreira respeitada. Em 2015, chamou atenção da crítica ao protagonizar o longa de terror psicológico A Bruxa; depois, recebeu papeis de destaque em Fragmentado (2016) e Vidro (2019), suspenses de M. Night Shyamalan. Ela também aparece na série Peaky Blinders e no filme de heróis Os Novos Mutantes.

Dona de expressões singulares e uma versatilidade impressionante, Taylor-Joy já era promissora até então – mas é em O Gambito da Rainha que ela tem a chance de brilhar. A atriz conquistou a crítica o público pelo modo com que deu vida a Beth Harmon, uma personagem bastante complexa e atípica, muitas vezes usando apenas a linguagem corporal para expressar as contradições da menina quieta e retraída.

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A protagonista rouba todos os holofotes da série, sem dúvidas, mas isso não significa que os outros atores deixam a desejar.  Nomes conhecidos como Thomas Brodie-Sangster (Game of Thrones, Maze Runner), Harry Melling (Harry Potter) e Bill Camp (12 Anos de Escravidão, Coringa) também compõem o elenco. Um outro destaque positivo fica para a atriz mirim Isla Johnston, que interpreta uma Beth criança com maestria e prende o telespectador por todo o primeiro ato.

2 – Um bom drama, com pitadas de mistério

O fio condutor da série pode ser o xadrez, mas a trama não se limita apenas ao esporte. O Gambito da Rainha explora o amadurecimento da personagem Beth Harmon, que acumula traumas, perdas, uma infância disfuncional em um orfanato, bullying e o interesse incomum por um esporte dominado por homens. Toda essa mistura gera uma personagem complexa, que vive na contradição entre tentar ser a melhor do mundo ao mesmo tempo em que cultiva comportamentos autodestrutivos, tanto para seu talento quanto para sua vida pessoal.

Além de todo o drama da série (que está longe de ser piegas ou superficial), há um teor de mistério na história de Beth, principalmente sobre sua infância. A trama nos oferece mais detalhes ao longo do tempo, e vamos montando um quebra-cabeças que nos ajuda a entender tudo o que moldou a personalidade singular da jovem prodígio – mas também não entrega tudo de bandeja, o que é ainda melhor.

3 – A ambientação encantadora


(Netflix/Divulgação)

A série se passa nas décadas de 1950 e 1960 e explora cenários como os Estados Unidos, México, França e União Soviética. Tudo com detalhes impressionantes, desde a ambientação dos cenários, as filmagens externas e uma escolha de figurinos certeira – que vão te transportar diretamente para o auge da Guerra Fria.

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4 – Vai te fazer querer jogar xadrez

(Netflix/Divulgação)

Não importa se você é um craque no tabuleiro, alguém que entende só o básico ou se não sabe nem o que é um rei ou um bispo: O Gambito da Rainha vai aguçar sua curiosidade sobre xadrez. Mesmo que você nunca tenha jogado antes, pelo menos uma pontinha de vontade de aprender vai surgir.

Apesar de ficcional, a série é bastante realista – não, os atores não estão mexendo peças aleatoriamente nas cenas de campeonatos, pode apostar. Grandes profissionais do esporte atuaram como consultores na elaboração da série, e todas as principais partidas são baseadas em memoráveis partidas reais, jogadas em torneios importantes pela história. Muitos termos técnicos e estratégias concretas são aplicadas de forma correta na série. Mas não se preocupe: não é necessário conhecimento nenhum de xadrez para saborear a trama.

E nem é conversa fiada: desde a estreia da série, as pesquisas no Google sobre termos do tipo “como jogar xadrez” e “xadrez regras” cresceram exponencialmente; em plataformas de live streaming de jogos e e-sports, o público de partidas on-line do jogo dobrou em relação ao ano passado. Em entrevista ao The New York Times, um representante do E-Bay, popular plataforma de comércio eletrônico, estimou que a venda de tabuleiros cresceu 215% desde que a série estreou; a empresa Goliath Games calculou um aumento ainda maior: mais de 1000%.

5 – É curta, e vai direto ao ponto

(Netflix/Divulgação)

Parece contraditório comemorar que algo bom acabe rápido, mas O Gambito da Rainha termina sendo o que se propõe desde o começo: uma ótima minissérie. Em sete episódios, a história começa, evolui e se conclui sem deixar pontas soltas – e sem enrolar. Mesmo cobrindo um período temporal grande (acompanhamos Beth desde sua infância até a vida adulta), o roteiro sabe economizar em tramas secundárias desnecessárias ou mirabolantes, e pula somente para o que importa. Portanto, se você ainda está em dúvidas se assiste ou não, saiba que vale a pena.

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