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A saga Harry Potter quase teve uma Weasley na Sonserina

J.K. Rowling acabou abandonando a personagem que seria antagonista de Harry, Rony e Hermione

Por Jessica Soares
21 dez 2016, 20h56

Muito antes de Harry Potter e a Criança Amaldiçoada, J.K. Rowling já havia flertado com a ideia de levar uma personagem ligada ao trio principal para a Sonserina, Casa da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts que é o lar dos “estudantes mais espertos, engenhosos e ambiciosos” – e de Draco Malfoy, Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado e mais uma porção de Comensais da Morte. Mas, diferentemente do desenrolar da oitava história da saga que chegou aos palcos e páginas em julho de 2016, a personagem esquecida seria uma Weasley – e não seria nada legal.

A história – uma pequena trivia resgatada em fóruns do Reddit na última semana, mas que está longe de ser um segredo escondido da saga – veio à tona pela primeira vez ainda em 2000. Naquele ano, J.K. contou à Entertainment Weekly sobre as dificuldades que encontrou ao escrever Harry Potter e o Cálice de Fogo, que considerava, até então, o livro mais desafiador da saga. “Nos três primeiros livros, meus planos nunca me deixaram na mão. Mas eu devia ter colocado o enredo sob o microscópio. Eu escrevi o que eu pensava que seria metade do livro e, ‘argh’, encontrei um enorme furo em meio à trama. Atrasei em dois meses o prazo de entrega. E, como os livros haviam se tornado então mais famosos, havia uma enorme pressão externa”, disse. O motivo para a tal demora (um “atraso” singelo que certamente mata George R. R. Martin de inveja) tinha nome e sobrenome: Mafalda Weasley.

Nas primeiras versões da quarta aventura da saga, Mafalda seria uma grande antagonista para a turma de bruxos da Grifinória. Prima de segundo grau dos irmãos Weasley, ela estaria passando as férias n’A Toca (como é conhecida a casa de sete andares onde habita a família de bruxos ruivos) antes de ir para Hogwarts. Na escola de bruxaria, Mafalda seria enviada para Sonserina pelo Chapéu Seletor. A personagem acabou sendo retirada do livro – e daí a necessidade de reescrever boa parcela da história – e parte das suas ações acabaram ficando com a jornalista de ética questionável Rita Skeeter. “Rita sempre esteve no livro, mas eu aumentei sua participação porque precisava de uma espécie de canal para informações fora da escola. Originalmente, esta menina cumpria este propósito”, afirmou J.K. na época.

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Segundo o usuário Galious, o site oficial da autora trazia informações adicionais sobre a Weasley perdida – mas o texto completo não está mais disponível na página. Segundo a biografia extra-oficial da personagem, Mafalda seria filha do “primo de segundo grau que é um corretor” mencionado em Harry Potter e a Pedra Filosofal. Surpresos por descobrir que a filha era uma bruxa, o casal de trouxas (que sempre teriam sido rudes com a parte bruxa da família), pediram ajuda para apresentá-la ao mundo da magia.

“Os Weasleys concordam em recebê-la durante parte do verão, incluindo a Copa do Mundo de Quadribol, mas lamentam a decisão quase que imediatamente. A Sra. Weasley suspeitou que os pais de Mafalda simplesmente queriam se livrar dela por um tempo, porque ela se revela a criança mais desagradável que já haviam conhecido”, dizia o registro de J.K. Rowling sobre a personagem. Como uma Sonserina intrometida e que gosta de impressionar – e com acesso a tudo que os filhos e as filhas dos seguidores de Voldemort compartilhavam –, Mafalda seria responsável na trama por transmitir certas informações sobre os Comensais da Morte a Harry, Rony e Hermione. Bruxa talentosa, a Weasley do mal seria, de quebra, uma rival para Hermione.

“Infelizmente, por mais brilhante que ela fosse, havia limites óbvios para o que uma criança de onze anos poderia descobrir dentro de uma escola, enquanto Rita Skeeter, que eu posteriormente desenvolvi mais profundamente para cumprir a função de Mafalda, era muito mais flexível”, dizia o texto. Foi por pouco.

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