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Como é medida a inflação?

Sabemos disso por causa dos índices que acompanham a variação de preços no mercado.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h49 - Publicado em 31 jan 2003, 22h00

Rodrigo Velloso

Como é medida a inflação?

Depois de oito anos de trégua, ela volta a nos incomodar. Sabemos disso por causa dos índices que acompanham a variação de preços no mercado. Em teoria, medir a inflação é simples: basta pegar os preços dos produtos e compará-los com os valores do mês anterior. Na prática, porém, ocorre uma série de complicações. A principal é definir quais produtos entram nesse cálculo. Cada família compra itens diferentes em quantidades diferentes. Além disso, o consumo varia de acordo com o número de familiares, sua idade, nível de renda, estilo de vida e até a época do ano. No limite, cada um de nós poderia calcular um índice de inflação pessoal de acordo com aquilo que compra. Então, como calcular a inflação média no país? Os institutos usam pesquisas de orçamentos familiares para elaborar uma cesta de produtos que representa o consumo de uma família brasileira média. Essa cesta inclui, nas devidas proporções, todas as mercadorias com as quais a família gasta.

“A estatística incorpora cerca de 400 itens, mas a coleta de informações é ainda maior. Para chegar à variação do preço do feijão, por exemplo, levamos em conta várias marcas, tamanhos de embalagem e tipos do produto” afirma o economista Salomão Quadros, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE-FGV), em São Paulo. Usar uma cesta de produtos simplifica o cálculo, mas não resolve todos os problemas – porque a própria inflação muda os hábitos de consumo: se, por exemplo, o preço da laranja sobe 100%, as pessoas compram menos dessa fruta ou até deixam de consumi-la. “À medida que uns preços vão subindo mais que outros, alteramos seu peso na cesta com base em hipóteses sobre o efeito no consumo daqueles produtos. Senão, a inflação pode ficar subestimada ou exagerada”, diz Salomão. Outra dificuldade é decidir onde pesquisar preços. Cem gramas de presunto têm um preço num supermercado em Salvador e outro numa padaria em Curitiba.

Por isso, os institutos pesquisam todo tipo de estabelecimento: açougues, papelarias, bares etc. Depois, usam a pesquisa de orçamentos para saber quanto uma família média compra em cada tipo de loja. A questão geográfica é resolvida com a pesquisa em várias praças (em geral, as maiores capitais brasileiras) e pesando a inflação de cada região de acordo com sua população. O resultado são índices que representam uma tendência média dos preços.

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